O Fluminense saiu derrotado e humilhado do Maracanã, nesta quarta-feira (28), em confronto com o Atlético Paranaense, que valeu vaga na final da Copa Sul-Americana. Além da derrota pelo placar de 2 a 0, gols de Nikão aos 4 minutos do primeiro tempo e do Bruno Guimarães, aos 9 da etapa final, o Tricolor voltou a jogar mal e completou a oitava partida sem marcar. Um jejum que colocou a equipe carioca sobre fortes suspeitas em relação ao próximo compromisso pelo Campeonato Brasileiro.
No próximo domingo, às 17h, também no Maracanã, o Fluminense vai enfrentar o América Mineiro e corre sério risco de rebaixamento para série B em 2019. O time se mostrou ineficiente tanto no ataque como na defesa e a torcida foi esvaziando o estádio antes mesmo da partida terminar. Aqueles que ficaram foi para protestar. Jogadores chamados de sem vergonha, treinador de burro e presidente nem se fala. Até os torcedores atleticanos repetiram palavra ofensivas contra Pedro Abad antes da retirada. Visitantes comemoram classificação cantando "Explode Coração".
Ansiedade Tricolor faz Furacão marcar logo aos 4 minutos
Partida começou quente. Fluminense desesperado para não tomar gol. Um princípio de tumulto envolvendo o meia Sornoza e cobrança de falta para o Atlético Paranaense. Com apenas 4 minutos de jogo, Ayrton Lucas perdeu a bola e a zaga tricolor também falhou. Foi quando Marcelo Cirino cruzou na área e Nikão não perdoou: 1 a 0 Furacão.
Ao 27 minutos, Marcelo Oliveira mudou o esquema de jogo, tirando o zagueiro Paulo Ricardo e colocando o lateral-direito Léo, que estava no banco à disposição. Mas o time seguiu desorganizado e parecendo mal treinado. Teve 20 cruzamentos na área, mas nenhuma finalização no gol.
O detalhe é que os atacantes do Tricolor são baixos e os zagueiros paranaenses baixos, e as tentativas com bola alta. Não tinha como funcionar. A torcida pediu Everaldo, porém não foi atendida pelo treinador.
Fluminense confirmou sua inferioridade diante do Atlético PR
As equipes voltaram iguais para a etapa final. E novamente o Furacão com mais um gol no começo. Aos 9 minutos, Bruno Guimarães alterou o placar para 2 a 0. Só aos 13 minutos, após novo pedido dos torcedores, foi que Marcelo Oliveira substituiu Marcos Junior por Everaldo. Não era bem isso. Eles queriam a saída de Junior Dutra. Mas renovou as esperanças, pelo menos para sair do jejum.
Aos 15, o guerreiro Gum levou cartão amarelo por falta em Nikão e foi saudado pelos tricolores na arquibancada. Aos 30, o zagueiro desaba no gramado e é retirado de maca. A medida que o tempo passava, o time tricolor ia ficando mais ansioso e a torcida mais irritada. Cerca de 38 mil presentes foram esvaziando o Maracanã e os que ficaram, com ânimos exaltados, arrumaram confusão e exigiram a saída do presidente Abad do local onde assistia o jogo.
Terminado o confronto, o Fluminense não perdeu só a partida ou a chance de classificação para a final da Copa Sul-Americana, deixou em campo também a esperança da torcida e a sensação de que tudo pode piorar no domingo, quando enfrenta o América Mineiro, no mesmo estádio e correndo sério risco de rebaixamento. A única sorte do time das Laranjeiras no próximo confronto é que com o empate permanece na série A. A esta altura do campeonato, um zero a zero, por incrível que pareça, ficaria de bom tamanho.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 0 X 2 ATLÉTICO-PR
Gols: Nikão (4/1T) e Bruno Guimarães (9/2T)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro, RJ
Árbitro: Julio Bascuñan (Chile)
Assistentes: Christian Schiemann (Chile) e José Retamal (Chile)
Cartão Amarelo: Gum (Fluminense)
Público: (presente)37.208 e (pagante) 35.451
Renda: R$ 1.286.580,00
FLUMINENSE: Júlio César, Paulo Ricardo (Léo), Gum (Dodi), Digão, Ayrton Lucas, Richard, Jadson, Junior Sornoza; Júnior Dutra, Marcos Junior (Everaldo) e Luciano. Técnico: Marcelo Oliveira
ATLÉTICO-PR: Santos; Jonathan, Léo Pereira, Thiago Heleno e Renan Lodi; Bruno Guimarães, Lucho González (Wellington) e Raphael Veiga (Marcinho); Marcelo Cirino (Rony), Nikão e Pablo. Técnico: Tiago Nunes