A promessa de campanha era a de que o seu governo não teria mais do que 15 ministérios. Bolsonaro fez contas, cortou aqui, juntou ali, mas não teve jeito. Nesta segunda-feira (3), a equipe de transição chegou a um número final. 22 ministérios vão compor a gestão de Jair Bolsonaro.
Em entrevista coletiva, Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil do próximo governo, explicou a nova composição da Esplanada dos Ministérios. Entre as fusões mais importantes, destaque para o Ministério do Trabalho. A pasta deixa de ser um ministério e será fatiada entre Justiça, Economia e Cidadania. Das 22 pastas, 20 já tem titulares definidos. Confira a lista completa no final da reportagem.
Semana de muitos encontros para costurar alianças
A semana de Jair Bolsonaro em Brasília será agitada. O presidente eleito seguiu para a capital federal bem cedo nesta segunda-feira. Até a próxima quinta-feira, Bolsonaro vai se reunir com cerca de 350 parlamentares, em encontros intercalados. MDB, com 34 deputados; PRB, com 30; PR com 33, e PSDB, com 11, são as legendas que já têm reuniões confirmadas com o futuro presidente.
As reuniões serão gerenciadas por Onyx Lorenzoni. O ministro da Casa Civil do Governo Bolsonaro prometeu que não haverá o famoso "toma lá da cá" na composição da base governista:
" Amanhã (4), começamos a conversar com as bancadas para estabelecer exatamente com clareza a forma como vai ser o novo relacionamento. Todos vocês são testemunhas, e a sociedade brasileira ainda mais, de onde nos levou o tal presidencialismo de coalizão, o famoso "toma lá, dá cá" que destruiu a relação política do Parlamento Brasileiro com a sociedade por conta de atender apenas interesses individuais ou muito localizados", declarou Lorenzoni.
Composição ministerial
MEIO AMBIENTE: Indefinido
DIREITOS HUMANOS: Indefinido
ECONOMIA: Paulo Guedes
CASA CIVIL: Onyx Lorenzoni
JUSTIÇA: Sérgio Moro
AGRICULTURA: Tereza Cristina
CIÊNCIA E TECNOLOGIA: Marcos Pontes
GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL: general Augusto Heleno
RELAÇÕES EXTERIORES: Ernesto Araújo
DEFESA: general Fernando Azevedo e Silva
BANCO CENTRAL: Roberto Campos Neto
CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO: Wagner Rosário
SAÚDE: Luiz Henrique Mandetta
ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO: André Luiz de Almeida Mendonça
SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA: Gustavo Bebiano
EDUCAÇÃO: Ricardo Vélez Rodríguez
SECRETARIA DE GOVERNO: general Carlos Roberto dos Santos Cruz
INFRAESTRUTURA: Tarcísio Gomes de Freitas
DESENVOLVIMENTO REGIONAL: Gustavo Canuto
CIDADANIA: Osmar Terra
TURISMO: Marcelo Alvaro Antônio
MINAS E ENERGIA: Almirante Bento Costa Lima