Votação da emenda que impede venda da Cedae é novamente adiada

Graças a uma manobra dos parlamentares da oposição, que conseguiram obstruir a sessão, por falta de quórum, a votação do veto do governador Luiz Fernando Pezão, à emenda que proíbe a venda dos ativos da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), foi novamente adiada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). A Casa tentará votar o veto na sessão desta quarta-feira. Outra tentativa de votar o veto foi na semana passada.

Na hora da sessão desta terça-feira, quando o veto do governador estava  na pauta, o presidente em exercício da Alerj, deputado estadual André Ceciliano (PT) contou os votos e verificou que apenas 22 parlamentares tinham votado, sendo três pela derrubada do veto, três pela manutenção e 16 abstenções. O Colégio de Líderes da Casa se reúne esta quarta-feira para tentar resolver o impasse.

A oposição comemorou a obstrução da votação. “Mais um vez, a bancada de oposição ao governo obstruiu a sessão de hoje, que tinha em pauta a votação do veto à privatização da CEDAE. Seguiremos resistindo a tentativa da venda do maior ativo do Estado do Rio”, afirmou o deputado estadual Flávio Serafini (PSOL).

O vereador carioca Cláudio Castro (PSC), vice-governador eleito, assistiu à sessão. Ele apelou aos parlamentares para votar pela manutenção do veto, pois, com este derrubado e a emenda aprovada, a permanência do estado do Rio no Regime de Recuperação Fiscal estaria ameaçado. Ele lembrou que o governador eleito, Wilson Witzel, prometeu não privatizar a Cedae.

Nomes dos deputados presos na Corregedoria da Casa

O Conselho de Ética da Alerj, representado pelos deputados André Lazaroni (MDB), Comte Bittencourt (PPS) e Carlos Osório (PSDB), enviaram esta terça-feira os pedidos de investigação dos deputados presos pela Operação ‘Furna da Onça’, da Polícia Federal, no último dia 8, para a Corregedoria da Casa.

As solicitações serão analisadas pelo corregedor substituto, Iranildo Campos (SDD), já que o titular, Chiquinho da Mangueira (PSC), é um dos presos, que será investigado pela Corregedoria. Campos integra ainda o Conselho de Ética.