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Sem fartura

Em meio à crise, ceia natalina do carioca será mais simples

Desemprego e queda na renda familiar são os maiores vilões


Uma pesquisa encomendada pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio – e pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito – SCPC, ouviu 500 consumidores que procuraram os postos de atendimento entre outubro e novembro, revelou que mais da metade (52%) terá uma ceia de natal mais simples, 44% igual ao ano passado e apenas 4% terá a ceia mais farta. Os maiores vilões são o desemprego e a queda da renda familiar, principalmente entre os funcionários públicos que estão com salários atrasados e sem previsão de recebimento do 13º.

Apesar deste cenário incerto, 75% dos entrevistados afirmou que pretende gastar até R$300,00 com a ceia,20% entre R$ 350,00 e R$ 450,00 e 5% acima de R$ 500,00. Além disso, o cartão de crédito com parcelamento será a forma de pagamento utilizada por 71% dos consumidores, 23% com cartão alimentação e somente 5% à vista. E pasmem, ainda tem gente que usa cheque, 1% afirmou que usará cheque pré-datado para pagar as compras.

Os produtos que mais comporão as ceias são o peru/ chester (35%), lombo/pernil (26%), bacalhau (17%), frutas (15%) e 7% outros.

De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e do SindilojasRio, esses resultados mostram que o consumidor está mais cauteloso.

“Os resultados da pesquisa indicam que o consumo no Rio de Janeiro, de modo geral, ainda está retraído em função da crise financeira que o estado atravessa. Como o desemprego continua alto e a renda das famílias diminuiu, o consumidor está sendo mais cauteloso em seus gastos”, afirma.

Professora da rede municipal de Duque de Caxias e moradora do Lins, Viviane Rocha vive o drama de receber os salários atrasados há quatro anos. Hoje recebeu o salário de outubro, com a afirmação de que não terá os salários de novembro e dezembro e afirma que a ceia e os presentes esse ano ficarão mais singelos.

“As festas se aproximam e inevitavelmente amargaremos um Natal de pequenas comemorações, com uma ceia mais modesta ou compartilhada na casa de parentes. A troca de presentes será de lembrancinhas e apenas para alguns mais chegados. Terminamos mais um ano sem perspectiva e isso é desolador.”- lamenta Viviane, professora da rede há nove anos.

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