Agentes ambientais iniciam cadastramento para coleta seletiva em comunidades de Caxias

Descartar de forma adequada os resíduos sólidos gerados diariamente ainda não é uma tarefa fácil para a maioria das pessoas. Muitas localidades não contam com coleta seletiva, o que torna essa prática difícil de ser incorporada no dia a dia. No entanto, para alguns caxienses, essa realidade passará a ser diferente, graças a uma iniciativa do Projeto EDUC – fase II — desenvolvido pela ONG Guardiões do Mar em parceria com a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. A partir desta semana, Agentes Ambientais, treinados pelo Projeto, passarão a cadastrar, em oito comunidades, pessoas interessadas em ter seus materiais coletados.

O cadastramento dos moradores interessados em doarem seu material reciclável para o projeto será realizado de porta a porta nas localidades atendidas pelo Projeto EDUC – fase II: Campos Elíseos, Saraiva, Parque Império, Parque Marilândia, Bom Retiro, Saracuruna, Jardim Primavera e Xerém.

Por meio de bicicletas adaptadas para a atividade, a coleta dos resíduos será feita periodicamente pelos agentes. Após o cadastramento, os moradores serão informados sobre os dias de coleta, além de receberem orientações básicas sobre como proceder com o descarte.

Protagonismo jovem

Os jovens agentes ambientais foram selecionados por meio de um edital aberto pelo Projeto EDUC – fase II, em dezembro de 2021. Foram oferecidas 08 vagas e os participantes recebem uma bolsa-auxílio no valor de 900 reais mensais, com jornada semanal de 20 horas.

Esses jovens têm como missão criar e participar ativamente de boas práticas socioambientais em comunidades caxienses. Eles já realizaram, por exemplo, um diagnóstico (entrevistas porta a porta) que os está auxiliando a nortear futuras transformações no território.

Além de sensibilizar a população sobre a importância do correto descarte dos resíduos sólidos, o Projeto EDUC – fase II objetiva com esta e outras ações fomentar o protagonismo juvenil, estimulando os jovens a serem agentes de transformações de suas realidades.

“Como os jovens da periferia das grandes capitais, parte da juventude da Baixada estão em situação de maior vulnerabilidade, no sentido de não se sentirem como parte atuante de um espaço social. O Projeto EDUC - fase II amplia esses horizontes apoiando a promoção da democracia participativa na construção das políticas públicas adequada aos interesses, necessidades e aspirações desses moradores. O jovem, como investigador de suas próprias práticas, engajado nos desafios colocados pela condição social é uma realidade possível. Essa é a nossa maior conquista!”, destaca Angela Soledade, pesquisadora do Projeto EDUC - fase II.