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Mais inflação, menos ração

Número de casas com pets cai 3%, depois de boom de compra e adoção durante a pandemia

Aumento nas despesas com alimentação da família reduziu margem para compra de rações industrializadas


Disparada da Covid-19, com períodos de isolamento social, contribuiu para aumento das adoções de pets, em queda com a retomada da rotina pré-pandemia. Foto: Agência Brasil Fábio Pozzebom

Depois de um boom de compra e adoção de animais domésticos durante a pandemia, caiu o número de lares com os chamados pets, este ano. O estudo da empresa de consultoria Kantar mostra que atualmente, são quase 3% de lares a menos com animais, em relação a 2021. A porta-voz da empresa que realizou a pesquisa, Vanessa Mateus, explica que a redução pode indicar casos de mortes dos bichos, mas a principal hipótese é de abandono dos animais adquiridos.

Ouça no podcast do Eu,Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a queda no número de residências com animais de estimação, revertendo a alta registrada no auge da pandemia da Covid-19, com as medidas de distanciamento social.

A pesquisa mostra ainda que para adaptar o orçamento do lar com a chegada de um novo companheiro, as casas com animais de estimação passaram a dedicar uma parcela menor dos gastos à alimentação. Essa redução de gastos pode ser explicada com as altas taxas de inflação, conforme avalia Vanessa Mateus. O aumento na compra de rações industrializadas passou de menos de 36%, para quase 40%, desde 2021 para hoje.

No primeiro ano da pandemia, mais de 20% das casas com pets tinham três ou mais cachorros. No último ano, essa taxa caiu para menos de 15%. Por outro lado, subiu 10% o número de casas com apenas um cachorro. Lembrando que o abandono de animais é crime. No caso de cachorro ou gato, por exemplo, pode dar até cinco anos de cadeia.


Radioagência Nacional

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