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Artistas homenageiam Elza Soares com show no Rock in Rio

Antes de morrer, cantora havia sido convidada pelo diretor artístico do Palco Sunset para estar no Rock in Rio

Por Anderson Madeira em 11/09/2022 às 22:31:34

Larissa Luz e Caio Prado prestam homenagem a Elza Soares no Rock in Rio. Foto: Reprodução Multishow

Falecida em janeiro deste ano, aos 91 anos de idade, Elza Soares tinha sido convidada pelo diretor artístico do Palco Sunset para estar no Rock in Rio neste domingo (11). Porém, de certa forma, a cantora participou do show, através de um tributo a ela feito por Gaby Amarantos, Mart’nália, Majur, Agnes Nunes, Larissa Luz e Caio Prado, no “Power! Elza vive”. Alcione também havia sido convidada, mas se recupera de uma cirurgia na coluna e cancelou a sua participação.

A homenagem começou com “A Carne”, com a participação de todos no palco. A música, um dos últimos sucessos interpretados por Elza, é um protesto contra o genocídio negro nas operações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro. “A carne negra não é a mais barata”, afirmou Gaby, no final da canção.

Em seguida, cada artista cantou duas músicas que foram interpretadas por Elza em diferentes fases da vida da cantora. Entre as quais “Malandro”, cantada por Caio Prado, que trajava uma longa saia vermelha. Ele ainda interpretou “Não-Recomendado”, de autoria dele e gravada por Elza. "Quero convocar as bichas pretas, afeminadas, as trans, as lésbicas, os não-recomendados desse Rock in Rio", disse Caio, lembrando como Elza marcou a sua vida, ao defender a diversidade.

Em seguida, Larissa cantou “Dura na Queda", de Chico Buarque, e "Maria da Vila Matilde". "Esse show é para celebrar a existência de Elza Soares, mas é um show também para celebrar as nossas existências e para que a gente pense o que a gente está fazendo, como que a gente está cuidando das cantoras pretas desse país. Como que a gente tá cuidando das artistas negras desse país?", falou Larissa.

Majur cantou os sambas “Saltei de bamba” e “Salve a Mocidade”. Coube a Gaby encerrar com “Mulher do Fim do Mundo”. "Elza queria que nós, mulheres pretas, estivéssemos no topo. E a gente está no topo, porque é um legado dela", falou Gaby.

No fim, os artistas se viraram para o telão ao fundo do palco, onde um clipe de Elza cantando no Teatro Municipal de São Paulo era exibido.

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