O segundo mutirão da Prefeitura do Rio para cadastramento e atualização do CadÚnico, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), atendeu ao menos 4.225 famílias neste sábado (24/09). O dado, coletado no fim da tarde, ainda é uma prévia, pois faltava fechar o número em um dos locais de atendimento. Neste sábado também entrou no ar, experimentalmente, um aplicativo desenvolvido por técnicos da secretaria para acompanhar em tempo real a movimentação nos postos. Por meio da tecnologia é possível apresentar o balanço completo da ação.
– Estamos testando o aplicativo. A ideia é implementar efetivamente essa nova tecnologia para termos online informações do que está ocorrendo nos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) – explicou a secretária municipal de Assistência Social, Maria Domingas Pucú.
Entre as famílias atendidas, 2.700 se inscreveram no CadÚnico pela primeira vez, enquanto 783 atualizaram seus cadastros. Diego Santos, de 35 anos, por exemplo, fez um novo cadastro do CadÚnico. Ele cria duas filhas, de 11 meses e 11 anos, com dificuldade, pois está desempregado há cinco anos e faz alguns bicos como servente. Ele concluiu o cadastramento no polo de Campo Grande:
– Com essa ajuda vou poder alimentar melhor as minhas filhas e ajudar com as despesas da casa. Crio elas com o auxílio da minha mãe. Hoje vou para casa com uma boa notícia e a esperança de poder melhorar a nossa condição.
No polo de Campo Grande foram atendidas 465 pessoas, sendo 357 novos cadastros e 78 atualizações.
Em Realengo ocorreram 492 atendimentos, sendo 304 novos cadastros e 91 atualizações. A primeira pessoa atendida foi Neusa Lima de Mesquita, de 70 anos, moradora de Bento Ribeiro, com a filha Ketlen Mesquita de Souza, de 29 anos.
– Eu não trabalho e, por causa da pandemia, minha filha está desempregada desde 2020. Ela tem curso técnico de manutenção de aeronave, mas foi mandada embora. Esse auxílio é muito importante porque dependemos da ajuda das pessoas para pagar as contas. Estou feliz por ter sido atendida. Valeu a pena esperar – conta Neusa.
Alan Borges dos Santos, de 35 anos, mora em Bangu e essa é a primeira vez que tenta o cadastramento. Ele está desempregado e não consegue trabalho, mesmo depois de fazer um curso de segurança.
– Eu tinha uma loja que vendia lanches em frente ao presídio de Bangu 1, mas com a pandemia tive que fechar. O movimento caiu muito, e as contas não paravam de chegar. Fiz um curso de segurança, mas não estou conseguindo nada. Está muito difícil. Vim aqui e consegui fazer o meu cadastro.
O desemprego também atingiu Natalia Lohaine Silva Dias, de 27 anos, que está separada do marido e tem uma filha de 6 meses. Para ela, esse cadastramento é a ajuda que precisa para continuar a sobreviver.
Em Deodoro, Yarlon dos Santos, de 19 anos, está desempregado e faz bicos como ajudante de pedreiro, mas 0 que consegue não é suficiente para se sustentar. Com a ajuda, ele pretende continuar a faculdade de engenharia e terminar uma obra em casa.
Todas as pessoas que foram aos polos de atendimento do Segundo Mutirão do CadÙnico conseguiram fazer o cadastro.