Sem a presença do governador eleito Wilson Witzel, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro promoveu nesta segunda-feira (17/12) o evento Agenda do Futuro, organizado pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio de Janeiro e o objetivo foi fazer com que entidades fluminenses sugerissem ações aos políticos eleitos pelo Estado em busca do crescimento econômico.
O evento foi presidido pelo deputado André Ceciliano (PT), que aproveitou as sugestões e prometeu colocar na pauta de votação das próximas sessões projeto de lei que define o Plano Diretor dos Transportes Urbanos e outro projeto sobre a modificação nos parâmetros de cancelamento do Cadastro de Contribuintes do ICMS.
Durante o evento, 30 entidades representativas apresentaram painéis sobre os vários setores da vida socioeconômica fluminense. E o público-alvo prioritário eram os políticos eleitos para a próxima legislatura.
Defasagem fluminense
Os palestrantes relataram os vários problemas que impedem uma melhor participação das empresas na economia fluminense. O prejuízo provocado ao estado pelo roubo de cargas, a importância do setor agrícola, a falta de incentivo para o setor pesqueiro e os problemas do turismo foram alguns dos temas tratados e que deverão ser enfrentados pelos políticos.
Wilson Witzel foi representado pelo vice-governador eleito, Cláudio Castro:
“O que vimos nos últimos anos é muita gente indo embora do Rio de Janeiro por causa da violência e por causa dos impostos altíssimos. Passamos por um novo tempo. A sociedade deu uma grande resposta nas eleições”.
Entre os problemas fiscais citados foram os que hoje são enfrentados pelos abatedouros do Rio de Janeiro, obrigados a levar o gado para ser abatido em Minas Gerais e vender a carne no Rio. A violência também foi citada como obstáculo ao crescimento fluminense:
"Hoje, nosso principal problema é a segurança, que afeta o turismo e a captação de eventos”, disse o diretor executivo do Rio Convention Bureau, Phelipe Campello, sobre os desafios do turismo fluminense. Ele também reforça o coro contra as pesadas alíquotas de tributos fluminenses, mais elevados do que os estados vizinhos.