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ONG denuncia mortandade de peixes na Baía da Guanabara

Mortandade chegou próxima à Ponte Rio-Niterói e as praias da Engenhoca e do Zumbi, na Ilha do Governador

Por Anderson Madeira em 30/10/2022 às 14:37:16

Foto: Divulgação/ONG Baía Viva

Não bastasse a poluição da Baía da Guanabara, esta semana os pescadores artesanais que atuam na região do Gradim, bairro do município de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, se depararam com muitos peixes mortos, principalmente corvinas, no local onde trabalham. A mortandade chegou próxima à Ponte Rio-Niterói e as praias da Engenhoca e do Zumbi, na Ilha do Governador. Os trabalhadores enviaram vídeos e áudios para o Movimento Baía Viva.

A mortandade de peixes, segundo a ONG, é considerada crime ambiental pela Lei Federal nº 9605/1997 e ocorre em plena Década do Oceano (2021-2030) – criada pela ONU – no Ano Internacional da Pesca Artesanal e Aquicultura e nos 30 anos da conferência ambiental Eco 92.

"Além da fiscalização preventiva das fontes poluidoras de responsabilidade legal do Instituto Estadual do Ambiente (INEA-RJ), IBAMA e Capitania dos Portos (Marinha do Brasil) existe um Plano de Emergência da Baía de Guanabara operado por Docas e estes órgãos públicos e as grandes empresas poluidoras da Baía de Guanabara, no entanto há uma falta de transparência e publicidade das informações para a sociedade. Até agora ninguém identificou a fonte de poluição, a sua causa, a extensão do dano ambiental e à pesca, nem há notícias da aplicação de multas ambientais. A Impunidade Ambiental está sacrificando os ecossistemas e a vida marinha na Baía de Guanabara!", ressalta o cofundador do Baía Viva Sérgio Ricardo Potiguara.

Procurado, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou a seguinte nota:

“Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vistoriaram, nesta quinta-feira (27), a Baía de Guanabara na altura de Niterói, e também em Paquetá e não constataram a presença de peixes mortos no espelho d’água. A equipe também verificou que o nível de oxigênio dissolvido na água está dentro do estabelecido pela legislação ambiental para a manutenção da vida aquática”.

Ao tomar conhecimento da nota do Inea, o Movimento Baía Viva demonstrou indignação e assim se posicionou:

"Incrível como o INEA nunca vê o óleo nas águas da Baía de Guanabara apesar dos inúmeros vídeos e áudios de pescadores e praticantes de esportes náuticos que não deixam dúvidas sobre a presença de manchas de óleo, além das imagens chocantes do grande número de peixes mortos por causa das fontes de poluição que infelizmente não tem uma fiscalização preventiva por parte dos órgãos ambientais!", declarou o Movimento Baía Viva diante de mais um crime ambiental impune.

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