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Quadrilha de tráfico de drogas e armas movimentou cerca de R$ 200 milhões

As comunidades fluminenses eram abastecidas com duas toneladas de maconha e meia tonelada de cocaína.

Por Mario Hugo Monken em 17/01/2019 às 14:23:02

Policiais da 25ª DP desarticularam a organização criminosa. Foto: Divulgação/Policia Civil

A Polícia Civil do Rio, através da 25ª DP (Engenho Novo), realiza nesta quinta-feira (17), a operação "Bad Family", para desarticular uma organização criminosa que atua no tráfico interestadual de drogas e armas. A ação visa cumprir 19 mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão em municípios do Rio, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Até o momento 13 pessoas foram presas, sendo oito no Rio de Janeiro, três no Espírito Santo e duas no Mato Grosso do Sul. Drogas também foram apreendidas.

A quadrilha fornecia mensalmente às comunidades fluminenses cerca de duas toneladas de maconha e meia tonelada de cocaína, chegando a movimentar valores que ultrapassam R$ 200 milhões ao ano.

De acordo com o delegado Fabio Asty, titular da 25ª DP, as investigações tiveram início há cerca de um ano e apontaram que a organização criminosa, formada por familiares, atua no tráfico atacadista interestadual de drogas, armas e munições. Eles abastecem as principais comunidades da região metropolitana do Rio, como os complexos do Alemão, da Maré, do Lins e Jacaré, além dos municípios de Cabo Frio e Nova Friburgo, no interior do Estado, e em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.

Ainda segundo o delegado, a família do município de Paranhos, no Mato Grosso do Sul, e atuante no agronegócio, se utilizava de sua propriedade rural situada naquele município, fronteiriço ao Paraguai, para servir de entreposto para o recebimento e distribuição de drogas, principalmente maconha e cocaína. Os criminosos faziam também a distribuição de armas e munições de diferentes tipos e calibres.

Durante as investigações foi levantada a utilização do agronegócio familiar na lavagem de dinheiro da venda de armas e drogas e pedido o bloqueio das contas bancárias de nove indiciados. Eles tiveram todos os valores existentes nessas contas sequestrados judicialmente.

O líder da organização criminosa, o sul-mato-grossense Edson Ximenes Pedro, conhecido como "Pelincha", conta com o auxílio direto de sua esposa, irmãos e cunhado na execução das atividades criminosas. As investigações demonstraram que Edson, era um dos principais concorrentes do traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, expulso recentemente do Paraguai.

Edson Ximenes já foi preso em 2013 pela Polícia Federal e cumpriu pena por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Atualmente ele utiliza identidade falsa, em nome de Fabio Pereira de Souza e está foragido do sistema prisional desde que progrediu ao regime semiaberto.



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