O ator, diretor, roteirista e produtor Antônio Pedro morreu hoje (12), aos 82 anos. A informação foi confirmada pela filha do ator, Ana Baird, nas redes sociais.
No Instagram, ela compartilhou uma sequência de fotos ao lado do pai. Na última delas, Antônio aparece acamado. "Referência. Amor incondicional. Honra e orgulho. Obrigada por tudo. Obrigada por tanto. Vai na luz, Pai. Tem um elenco maravilhoso te esperando do outro lado para a festa. O Teatro te agradece. Eu te agradeço imensamente. Te amo", escreveu.
O Crematório e Cemitério da Penitência informou que o velório do ator acontecerá nesta segunda-feira (13), a partir das 10h, na capela 2. Em seguida, o corpo será encaminhado para cremação. O Crematório e Cemitério da Penitência fica na R. Monsenhor Manuel Gomes, 307, no bairro do Caju. A família comunicou que o velório será restrito aos familiares e amigos próximos.
Carreira
Antônio Pedro foi um dos grandes nomes do programa humorístico que teve estreia nos anos 1990.
Seu primeiro personagem na atração foi Bicalho, conhecido pelos efeitos sonoros que fazia com a boca. Bicalho havia sido apresentado ao público um ano antes, no programa Chico Anysio Show. Na "Escolinha", o artista ainda interpretou Celso Piquete em 1992 e João Abrealas em 1994.
Carreira na política
Além de se dedicar à vida artística, Antônio Pedro teve uma parte de sua carreira voltada à política. Na ditadura militar, ele atuou como militante do Partido Democrático Trabalhista, o PDT. No início dos anos 1980, foi nomeado diretor de teatros da Funari, a Fundação Anita Mantuano de Artes do Rio de Janeiro.
Com o fim da ditadura, Antônio ocupou o cargo de secretário municipal da Cultura do Rio de Janeiro, em 1986. Posteriormente, o ator assumiu a mesma função em Volta Redonda, também no Rio.
Dedicado aos palcos, ele coordenou o projeto Teatro da UERJ, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, nos anos 90, produzindo 17 espetáculos. Sempre teve sua desenvoltura elogiado pelos artistas que trabalhavam com ele.
Homenagens
As redes sociais foram tomadas de homenagens de colegas de televisão, cinema e teatro ao veterano.
Ana Baird, filha de Antônio Pedro e atriz
"Referência. Amor incondicional. Honra e orgulho. Obrigada por tudo. Obrigada por tanto. Vai na luz, Pai. Tem um elenco maravilhoso te esperando do outro lado pra festa. O Teatro te agradece. Eu te agradeço imensamente. Te amo", escreveu ela, compartilhando uma série de fotos com o pai.
Vários atores deixaram mensagens de carinho na publicação da atriz.
Rosamaria Murtinho escreveu: "Receba meu abraço e do Mauro [Mendonça, ator e marido de Rosamaria], querida."
"Amada, um beijo enorme no coração de vocês! Obrigada por tudo que seu pai foi pra nossa cultura! E por ter deixado duas filhas tão talentosas! Te amo", comentou Heloisa Périssé.
Nanda Costa, Fernando Caruso, Ana Beatriz Nogueira e Marcius Melhem também fizeram suas homenagens na postagem de Ana.
Anderson Muller, ator
"Sempre fui um grande admirador dele e quando trabalhamos juntos, vi que realmente ele era genial. Obrigado por tantos ensinamentos e foi um prazer cruzar com você na vida e na arte. Alice Borges [filha de Antônio Pedro], minha amiga, um grande beijo no seu coração e para todos da família".
Na mesma publicação, Gloria Pires comentou: "Grande mestre, descanse em paz. Meu carinho aos familiares, amigos e fãs.
Augusto Madeira, ator
"Muito triste com a passagem dessa pessoa maravilhosa que foi o ator Antonio Pedro. Apesar de bem mais novo, tive a honra de conviver com ele no teatro, no cinema e na TV. De conviver com suas filhas, grandes atrizes também, Ana Baird e Alice Borges, e conheci um pouco o mais novo, o Fábio. Meus sentimentos a Andréia, e aos filhos. Vou lembrar de suas histórias maravilhosas pra espantar a tristeza".
Erom Cordeiro, ator
"Tive a alegria de trabalhar com Antônio Pedro em 'A Capital Federal', em 1997, no CCBB/RJ. Eu tinha 20 anos e vê-lo da coxia e junto em cena era aula. Colega incrível, ator sensacional. Leveza, velocidade, tempos perfeitos. Meus sentimentos a toda a família."
Pedro Carvana, diretor
"Hoje passou pra outros palcos o querido Baixinho. Dono de afinadíssima ironia. [...] Baixinho foi presente a vida toda em nossas vidas e sempre que ele chegava era sinônimo de zoação, brincadeira e sacanagem, ele e meu pai foram parceiros a vida toda e em muitos filmes. Profissional hiperdedicado, muito talentoso e zero deslumbrado. Deixa muito exemplo a ser seguido. Obrigado, baixinho!"