Entre os anos 2003 e 2018, 1.663 pessoas foram resgatadas de trabalho escravo apenas no Rio de Janeiro. Em todo o Brasil, este número chega a 45.028 pessoas nos últimos 15 anos. Nesta segunda-feira (28), o Brasil comemora o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Os dados são do Observatório Digital do Trabalho Escravo no Brasil, iniciativa mantida pelo Ministério Público do Trabalho.
O estado brasileiro com o maior número de ocorrências é o Pará, com 10.043 resgates. O Rio de Janeiro ocupa a décima posição. Já Sergipe e o Distrito Federal não apresentaram casos.
No Rio de Janeiro, a comemoração foi marcada pela realização do I Seminário de Municipalização da Agenda de Erradicação do Trabalho Escravo no Estado. O evento promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e de Direitos Humanos foi realizado na Biblioteca Municipal de Duque de Caxias. O objetivo foi discutir estratégias de prevenção e conscientização sobre o trabalho escravo de nossos dias.
Polícia Rodoviária Federal orienta
O evento contou com a participação da Polícia Rodoviária federal. Os agentes orientaram à população sobre indícios de trabalho escravo. A ação foi realizada na Praça do Expedicionário, em Duque de Caxias. Mais de 500 pessoas participaram do evento.
Em um posto móvel montado pela PRF, os agentes exibiram vídeo, conversaram e distribuíram material informativo sobre o assunto. A campanha foi de ação preventiva e teve como objetivo orientar a sociedade sobre os indícios de trabalho escravo.
Entre as vítimas do trabalho análogo à escravidão, 18,9% são negras; 94,7% homens de baixa escolaridade. Desses, mais de 30% são analfabetos e outros 37,8% cursaram apenas até a 5ª série.
Estiveram presentes órgãos que fazem parte do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (CETP-RJ) e da Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE-RJ).