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No Estação Net Cinema

Livro “Paciente nº 28” será lançado com canções temáticas e leitura de contos de mistérios

No repertório musical do cantor e “contador de histórias”, canções dos anos 1970


Livro bebe na fonte de obras de realismo fantástico como "O Iluminado", de Stephen King. Foto: Divulgação

Com inspiração no realismo fantástico que vem dos antigos programas da televisão e de filmes do cinema, como “O iluminado”, de Stephen King, o escritor Alexandre Morcillo lança o livro de contos “Paciente nº 28”, nesta quinta-feira (29), a partir das 19h, no Estação Net Cinema, em Botafogo. No evento, o também ator e roteirista, ao violão, faz apresentação musical e leitura de trechos da publicação independente.

No repertório musical do cantor e “contador de histórias”: Pavão Misterioso (Ednardo), Canção da Meia Noite (Kleiton e Kledir), Mistérios da Meia-Noite (Zé Ramalho), Meu Doce Vampiro (Rita Lee), Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás (Raul Seixas), O Vira (Ney Matogrosso), entre outras.

O cineasta Cavi Borges, que cuida da programação do Estação Net Cinema, ao saber da edição do livro, prontamente agendou o lançamento, por abraçar no espaço um público admirador do realismo fantástico. Ele faz com sucesso, periodicamente, “Sessão Midnight Movies” que atrai cinéfilos de todas as idades e bairros do Rio.

Os sete contos foram livremente inspirados nos programas televisivos dos anos 80, como o “Caso Especial: A Pata do Macaco” (TV Globo/1983), do inglês W. W. Jacobs, e tantas novelas de Dias Gomes, na Globo, como “Saramandaia” (1976) e “O Bem Amado” (1973), com o personagem Zelão das Asas, e até mesmo nas imagens em preto e branco do homem pisando na lua, a ficção científica que se tornou real para toda uma geração.

- Na hora marcada lá estava eu, sentado na sala, adorando a “caixa de memória/TV”. Sem saber da minha sorte, assisti atores consagrados contarem a história de horror do escritor Inglês W.W Jacobs. Não seria exagero dizer que nesse momento me tornei um contador de histórias – ressalta.

Seu gosto pelas tramas de Dias Gomes e pelos casos especiais que passavam na Globo aumentou sua curiosidade pelas histórias e o fez também um apaixonado pelo cinema com a tela maior à sua frente. Hoje sua escrita na literatura é sempre pensando no livro virar sequências do audiovisual, já que tem experiência com o argumento do filme “Vai que Dá Certo”, em coautoria com o diretor Mauricio Farias.

O livro “Paciente nº 28” é uma homenagem à memória, vinda de um escritor nascido na Tijuca e morador do Méier desde os sete anos, que aproveita para se apoiar em recordações da sua juventude e narrar as sete histórias, algumas quase reais. ”O estranho, o inesperado, está ao seu lado. Pode ser um vizinho que uiva como um cachorro, o homem que se finge de estátua na estação do trem ou o porteiro que prevê o futuro em troca de um copo de pinga”, lembra Morcillo.

Para ele o “Fantástico” está bem perto, fazendo referência a outro programa que nos anos 70 era como uma “Caixa de Pandora”, um material incrível para escritores com suas reportagens, cheias de suspense e mistério. O autor, que está em seu segundo livro, acredita que “o Paciente nº 28" pode ter vários rótulos. "De certa forma, é bom que tenha mesmo”, confirma.


Alexandre Morcillo. Foto: Divulgação

Realismo fantástico, suspense, mistério e terror são alguns deles. No entanto, os contos que formam o livro vão do horror de uma perseguição a um professor com hipertricose (excesso de pelos no corpo), passa por um misterioso livro escrito num hospício localizado no Méier, zona norte do Rio de Janeiro no final do século XIX, até um homem que se vê preso num edifício. Esse é alimentado para servir de comida a uma estranha criatura no ano de 2100 e revela aos poucos um mistério.

Há também um homem que volta no tempo para cumprir alguma missão, mas nessa viagem perde a memória. Talvez o conto mais cruel seja esse e que costura todos os outros. Sem a memória enquanto sociedade, enquanto cultura, perdemos nossa humanidade, perdemos o sentido da vida.

- Podemos codificar uma história dentro de outras. Lembra um pouco aquelas bonecas russas, “Matrioskas”, que são várias, com diversos tamanhos, em uma só. Parafraseando o grande Cazuza “Só entende quem namora...” e na literatura também é assim.

Para reforçar as suas lembranças como ponto positivo na vida, ele cita o escritor e filósofo Mircea Eliade, que diz algo curioso: “Aquele que é capaz de relembrar possui uma força mágico-religiosa mais importante do que aquele que conhece a origem das coisas. Um viva a memória, até mesmo aquela que ainda não existe”.

SERVIÇO

Dia 29 de junho, quinta-feira

Noite de autógrafos, 19h

Lançamento do livro “Paciente nº 28”, do escritor, ator, cantor e roteirista Alexandre Morcillo. Apresentação musical + leitura de trechos da publicação independente.

Estação Net Cinema - Rua Voluntários da Pátria, 35 Botafogo – RJ

Tel (21) 2226-1986

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