Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Prejuízos na largada

Falta de nove das doze testemunhas marca início de processo sobre morte de congolês a pauladas na Barra

Ministério Público pediu suspensão da audiência por cinco dias para localizar e intimar depoentes listados


Câmeras de segurança do quiosque Tropicália revelaram Möise Kabagambe imobilizado e espancado até a morte por três homens. Foto: Reprodução YouTube

O juízo da 1ª Vara Criminal da Capital começou a ouvir nesta sexta-feira (9/7) as testemunhas de acusação do processo em que Brendon Alexander Luz da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Fábio Pirineus da Silva são acusados de matar o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe em um quiosque na Barra da Tijuca em janeiro do ano passado.

Das 12 testemunhas que estavam previstas, apenas três compareceram à audiência. A primeira a depor foi a mãe de Moise, Lotsove Lolo Lavy Ivone. Ela contou que soube do ocorrido na mesma noite, porém, quando chegou ao quiosque Tropicália, onde acontecera o crime, o corpo de Moise já havia sido levado para o IML. Ela disse que seu filho trabalhava no local desde antes da pandemia, porém ela já havia lhe pedido para sair de lá, pois ele “saía para trabalhar e chegava em casa sem dinheiro”. Chorando, ela pediu justiça para seu filho que, segundo ela, foi morto como se fosse uma cobra (a pauladas).

A segunda testemunha foi Viviane de Mattos Faria, que administrava o quiosque Biruta, localizado ao lado do Tropicália. Ela contou que estava trabalhando na noite do crime, porém não vira o que aconteceu, tendo apenas ouvido comentários dos clientes sobre uma briga que acontecia no quiosque Tropicália.

Viviane contou que, no dia do crime, chegou a dar duas latas de cerveja a Moise e que era comum que ele e outros trabalhadores freelancer dos quiosques pegassem bebida e cigarro para pagar depois. Que, quando ele pediu a terceira cerveja, ela negou. Sobre os réus, ela disse conhecer Alisson há mais tempo e que os três eram trabalhadores e nunca haviam brigado na praia que ela tivesse visto.

Viviane, entre outras pessoas, está sendo investigada pelo Ministério Público por uma suposta omissão de socorro, porém, neste processo, atua como testemunha da acusação.

O irmão de Viviane, Alauir de Mattos Faria, que é policial militar, foi o último a depor. Ele não presenciou os fatos, porém foi procurado por Alisson dois dias depois do crime e se propôs a acompanha-lo até a delegacia para ele se entregar.

Ao final da audiência, o Ministério Público pediu vista por cinco dias para tentar localizar as testemunhas que não foram encontradas para serem intimadas. A continuação da audiência está marcada para o dia 28 de julho.

Processo nº 0022825-61.2022.8.19.0001

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!