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Neta homenageia avós que doaram terreno para construção de hospital em Campo Grande

Neuma Antunes diz que objetivo era melhorar assistência da população carente e agilizou doação

Por Portal Eu, Rio! em 17/11/2023 às 17:28:27

Neuma Antunes da Silva ao lado do diretor do Hospital Eduardo Rabello, o médico Helmer Cardoso. Foto: Divulgação

O dia de hoje (17) foi especial para a auxiliar de enfermagem, Neuma Antunes da Silva, 74 anos. Na data que se comemora o cinquentenário do Hospital Eduardo Rabello, que fica em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, o sentimento é de orgulho por sua família fazer parte da existência da unidade. Foi em 1968 que os avós Feliciana Lima Rosa e Gregório Rodrigues Lima concordaram em doar o terreno da Estrada do Pré para o Governo estadual para a construção do Hospital Eduardo Rabello. O então deputado Miécimo da Silva foi o elo entre a família e o governo para a doação.

"Minha avó, que era a dona do terreno, contou que, quando o Miécimo disse que era para a construção de um hospital público, que ajudaria muito na assistência à população carente, ela e meu avô concordaram de imediato. Quando meu avô entendeu o objetivo, foi logo dizendo: "Então pode começar a obra", lembra a neta Neuma, que lamentou não ter registro fotográfico da inauguração.

Poderia mesmo ter sido tudo muito rápido a partir da concordância dos avós, mas um problema político suspendeu as obras por dois anos, segundo Neuma.

"Na época havia muita rivalidade entre os partidos MDB e Arena. E isso atrapalhou um pouco o andamento das obras, que ficaram paradas por quase dois anos. Mas, felizmente, o deputado Miécimo teve habilidade para conseguir a liberação das obras, e o hospital foi inaugurado em 1973", contou a auxiliar de enfermagem.

Neuma Antunes lembrou até do episódio da escolha do terreno. Segundo ela, nem foi preciso todo um discurso do parlamentar para apontar que a parte que interessava era o mais próximo da estrada, hoje chamada de Estrada do Pré.

"A fazenda era muito grande. Tinha plantação de Taboa, usada na época para fazer esteira. E um rio que cortava a fazenda e era rico em pesca. As crianças adoravam pegar rã. Brinquei muito aqui quando era criança. Eles queriam a parte próxima à estrada porque facilitava o transporte da população", revelou Neuma, que era moradora próximo ao terreno, em Campo Grande.

A auxiliar de enfermagem, que trabalha no Hospital Eduardo Rabello há 49 anos, revelou que viveu uma contagem regressiva pelos 50 anos da unidade.

"Nem mesmo a expectativa de completar 50 anos como funcionária do hospital no ano que vem, me comove como saber que minha família doou esse terreno, melhorando a assistência da população idosa da região com a construção da unidade que está prestes a comemorar 50 anos. Quero trabalhar até os 80 anos aqui, servindo a população", disse, emocionada.

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