Em breve, um novo ano se inicia e, colocar o check-up como meta pode ser essencial para a saúde no próximo ano. O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta um dado preocupante: cerca de 70,6% dos brasileiros não realizam check-up regularmente.
Os brasileiros em 2022 tinham expectativa de vida média até os 75,5 anos. Para os homens, esta expectativa era de 72 anos e para as mulheres, de 79. E, embora a violência seja um dos fatores que colabore para estes dados, a falta de acompanhamento da saúde é decisória também.
Não é a toa que as campanhas de conscientização de doenças entraram para os calendários oficiais de saúde e acenderam uma preocupação: mais de um terço dos homens não se cuida, e eles se cuidam menos que as mulheres. No último século, a longevidade das mulheres foi maior que a dos homens.
O especialista em medicina nuclear, Felipe Villela Pedras, alerta que o check-up feito com recomendação médica pode auxiliar no diagnóstico precoce de doenças, evitando o agravamento do problema, e principalmente aumentando as possibilidades de cura.
"Por exemplo, no contexto da doença cardiovascular (principal causa de morte no mundo, sendo responsável por cerca de 18 milhões de mortes anualmente), o resultado do tratamento também está diretamente ligado ao diagnóstico precoce e início do tratamento efetivo", explica o médico.
Somente através dos exames periódicos, o médico consegue avaliar as condições gerais dos pacientes e ajustar os tratamentos. Nestas consultas também são vistos os exames necessários para investigação das doenças do coração.
Dados do Ministério da Saúde, apontam que cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença cardiovascular. O mesmo estudo mostra que 23% dos brasileiros nunca foram em um cardiologista.
"A pandemia foi a prova de que o check-up salva vidas. Devido ao isolamento social muitas pessoas deixaram de fazer seus exames e o resultado foi um aumento no número de óbitos por doenças cardiovasculares, assim como um aumento de complicações em casos de hipertensão e diabetes", afirma Felipe Villela.
O especialista reforça ainda que pessoas com doenças crônicas, assim como pacientes cardiopatas e oncológicos precisam manter os exames em dia.