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A assessora Márcia Nunes, de Crivella, fala na CPI do Sisreg

Na reunião, a assessora minimizou o papel citado no tal encontro, conhecido como 'Café da Comunhão'

Por Portal Eu, Rio! em 19/03/2019 às 23:38:03

Foto: Reprodução de TV

Lembra da Márcia, aquela assessora do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que facilitava para os pastores das igrejas evangélicas o encaminhamento de pacientes de catarata a cirurgia, em uma reunião em julho de 2018? O tal encontro, realizado na sede da Prefeitura do Rio, ficou conhecido como "Fala com a Márcia" e escandalizou os cariocas. Márcia da Rosa Pereira Nunes, lotada na Comlurb, deu depoimento esta terça-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sisreg (Sistema de Regulação) na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Na reunião, a assessora minimizou o papel citado no tal encontro, conhecido como "Café da Comunhão", entre Crivella e os líderes evangélicos. Nele, o chefe do Executivo ainda ofereceu ajuda na mudança de localização de pontos de ônibus e na obtenção de isenção de IPTU, entre outras vantagens. Segundo Márcia, ela teria chegado com o evento já acontecendo e foi apenas orientar quem não sabia como entrar na fila do Sisreg. A assessora disse ainda que é a primeira vez que trabalha na prefeitura e antes disso, trabalhava no antigo gabinete de Crivella no Senado Federal. Acrescentou que desenvolve o projeto social "De bem com a vida", voltado a funcionários da Comlurb com dependência química.

Na reunião de julho com os pastores, Crivella chegou a declarar:

"Então se os irmãos tiverem alguém na igreja com problema de catarata, se os irmãos conhecerem alguém, por favor falem com a Márcia. É só conversar com a Márcia que ela vai anotar, vai encaminhar, e daqui a uma semana ou duas eles estão operando".

Nos próximos dias, serão ouvidos outros três funcionários da prefeitura: 

Diogo Marques Corrêa, coordenador de Políticas Antidrogas; Milton Barros Filho, coordenador do IplanRio; e Marcos Paulo de Oliveira Luciano, do gabinete do prefeito. Em fevereiro, a CPI foi prorrogada por mais 60 dias. Os vereadores investigam se houve oferta ofertas de serviços públicos visando a atender igrejas evangélicas e também suposta agilização de tramitação de projetos de isenção de IPTU para templos religiosos. Os trabalhos da Comissão foram iniciados em setembro de 2018. Ela é presidida pelo vereador Jorge Manaia (PSDB).

 

 

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