Primeira escola a desfilar nesta segunda-feira (13), a Mocidade Independente de Padre Miguel abriu os desfiles com o samba mais cantado da pré-temporada. O resultado não pode ter sido outro: a escola levantou a Sapucaí com o irreverente enredo sobre o Caju.
A Mocidade levou para a avenida enredo com o título “Pede caju que dou... Pé de caju que dá!”, comandado pelo carnavalesco Marcus Ferreira. Como anuncia o nome, a escola verde e branca celebrou a importância do caju na cultura nacional. A ideia era contar a história da fruta nativa dos povos originários até os dias atuais, com referências a ícones da música popular brasileira, como “Cajuína”, de Caetano Veloso, e “Morena Tropicana”, de Alceu Valença.
Os versos trazem bom humor e duplo sentido, com o caju sendo transformado também em um símbolo de sensualidade. Além disso, a promessa é explorar um conjunto de cores vibrantes, para enaltecer a alegria e diversidade do país. Em um dos carros alegóricos, que fala do caju e da tecnologia de produção,
"É um enredo repleto com a brasilidade que faz parte da história da Mocidade de Padre Miguel. A gente traz e provoca o brasileiro sobre o que é ser fruto da nossa terra. Um enredo feliz e popular como o Carnaval Carioca merece", explicou o carnavalesco Marcus Ferreira.
A escola surpreendeu logo de saída. Uma integrante da comissão de frente vestida de Carmen Miranda, que se transporta para o meio do povo nas arquibancadas em frente aos jurados, arrancou aplausos pela inovação de se deslocar para fora da avenida.
Para o carro alegórico da escola, que fala do caju e da tecnologia de produção, a Embrapa doou 500 mudas de cajueiros anões, também chamadas clones.
A estreia de Fabíola Andrade como rainha de bateria do público deu o que falar: ela surpreendeu ao distribuir calcinhas para o público.
No final do desfile, a escola viveu o drama de perder pontos por ultrapassar o tempo de desfile. Os integrantes correram para atravessar o portão. Para alegria dos foliões, a escola concluiu a apresentação antes dos 70 minutos.
Audiências públicas itinerantes e criação de grupos de trabalhos foram algumas das definições
Na abertura do evento, grupo Peso do Samba, direto de Jacarepaguá
Artistas completam 30 anos de carreira levando ao palco grandes sucessos de uma época de ouro do pagode