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Jovens do morro do Alemão criam plataforma para vender e alugar imóveis

O usuário se cadastra e, a partir daí, já pode listar a sua moradia em poucos cliques.

Por Jonas Feliciano em 30/03/2019 às 18:24:06

Moradores criam plataforma de classificados de imóveis para o morro do Alemão. Foto: Reprodução

Em abril de 2016, os amigos Leandro Bandeira e Anderson Martiniano se uniram para criar o Moraste, uma plataforma de classificados de imóveis para o morro do Alemão. A ideia é simples. Primeiramente, o usuário se cadastra e, a partir daí, já pode listar a sua moradia em poucos cliques. Para quem deseja buscar um imóvel, basta apenas utilizar a busca e filtros. Assim como definir suas preferências.

"Eu percebi como era difícil comprar ou vender imóveis na favela quando meus pais queriam vender a casa que a gente tinha no morro do Alemão. Era difícil encontrar interessados e acabamos tendo que reduzir o preço do imóvel, pois só encontramos um comprador", contou Leandro.

Quando estreiou, o produto era apenas um MVP (Minimum Viable Porduct), tipo um protótipo, um ambiente virtual de experimentação. Atualmente, já atende o Complexo do Alemão e o Complexo da Penha. Porém, a dupla ainda pretende expandir o projeto inovador para outras comunidades.

"Nossa estratégia é validar, aos poucos, o modelo e criar um produto muito relevante para cada comunidade. E começar pelo Alemão é uma estratégia bastante significativa pelo fato da gente conhecer bastante o ambiente e o poder conversar corpo a corpo com moradores", diz Anderson.

Vale destacar que a ideia foi uma das selecionadas para a incubação da turma de 2017 da abeLLha, que é uma incubadora de negócios de impacto social baseada no Rio de Janeiro.

"Ficamos muito felizes quando conhecemos o Moraste. O mercado de imóveis nas favelas é grande e tem muito potencial de escala", conta Ana Julia Ghirello, fundadora da abeLLha.

Hoje em dia, um site repaginado já se apresenta mais robusto e pronto para atender melhor as expectativas baseadas nas pesquisas feitas diretamente na favela  e com os próprios moradores da comunidade.

“Pela ideia ser nova, a gente entende que sempre, pelo menos no início do negócio, precisaremos fazer pesquisas, testes e melhoria no site. Tudo, de acordo com a demanda e necessidade dos anunciantes e compradores da região, até chegar numa página bem ‘full’. Por isso, nós procuramos estar sempre na rua, perto dos moradores. Isso faz toda diferença no negócio. Queremos mostrar que é possível unir lucro com o social. Sempre de forma consciente, gerando um impacto bacana para a sociedade”, diz Leandro.

Tags:   Tecnologia
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