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Munição dobrada

CNI e CNC questionam no Supremo Lei de Igualdade Salarial entre os gêneros

Entidades patronais contestam multa e obrigação de divulgar critérios e dados de remuneração para homens e mulheres


Maiores confederações patronais do Brasil, CNI e CNC, movem ação no Supremo contra dispositivos da Lei de Igualdade Salarial. Foto: Ascom CUT

As Confederações Nacionais da Indústria e do Comércio entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a lei de igualdade salarial entre os gêneros. A ação pede uma medida cautelar para suspender os efeitos de alguns dos dispositivos da Lei, regulamentada por decreto em novembro do ano passado.

A lei vale para empresas com 100 ou mais empregados e que tenham sede, filial ou representação no Brasil. Ela prevê que homens e mulheres que exercem trabalho de igual valor ou atuam na mesma função devem receber a mesma remuneração.

Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o recurso judicial das maiores confederações patronais do Brasil contra dispositivos da lei determinando a igualdade salarial entre os gêneros.

Um dos pontos questionados é o que determina a divulgação de relatórios de transparência salarial, explicando os critérios para os pagamentos. As confederações alegam que há risco de divulgação de dados individualizados, o que violaria o direito à privacidade.

Como a lei prevê multa para as empresas que não divulgarem esses relatórios, a ação também questiona a penalidade sem a oportunidade de defesa e esclarecimentos por parte do empregador.

As entidades afirmam que a legislação que busca a igualdade salarial nas empresas precisa ser proporcional e não colocar em risco o cumprimento de outros preceitos constitucionais. E alegam que não se contrapõem à implementação da equidade e da isonomia salariais, mas que essas medidas precisam ser razoáveis.




Agência Brasil e RadioAgência Nacional

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