O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, participou, nesta terça-feira (2), do VIII Seminário de Segurança, sobre "a visão do novo governo e as propostas para melhoria da segurança pública", na feira internacional da LAAD Defence & Security, no Rio de Janeiro.
Sérgio Moro fez um balanço desses primeiros meses como ministro e reforçou o seu compromisso em combater a corrupção, o crime organizado e o crime violento. Ele citou, como exemplo do trabalho do Ministério da Justiça, medidas realizadas no reforço da segurança pública e combate à violência no estado do Ceará.
"Nós entendemos que a solução da criminalidade elevada envolve a adoção de medidas de cunho variado, entre elas de cunho social e urbanístico, mas nós também acreditamos que faz parte da solução da criminalidade a retirada do criminoso de circulação", disse o ministro.
O ministro falou também de algumas medidas do pacote Anticrime, como o projeto de lei que trata da mudança nas regras de legítima defesa, prisão após condenação em segunda instância e do crime de caixa dois. Ele considera que as medidas do pacote podem destravar a legislação processual.
Moro falou ainda da importância do trabalho da polícia e da realização de investigações eficazes, que levem à condenação e prisão dos criminosos. O ministro tem como proposta a ampliação de operações e escutas em crimes de maior complexidade, o aumento do Banco Nacional de Perfis Genéticos e a criação do Banco Nacional Multibiométrico e do Banco Nacional de Perfis Balísticos.
Sérgio Moro citou também, como proposta, a criação de escritórios de inteligência e operações que reúnam órgãos como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e forças policiais estaduais e internacionais.
"Essa integração é especialmente valiosa com relação ao tráfico internacional, seja de armas ou seja de drogas", enfatizou o ministro.