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Empresas de ônibus terão até o fim do mês para repor frota e atingir total de 8,1 mil previsto em acordo

Níveis atuais mal batem dois terços, ou 5,7 mil veículos dos 8,1 mil previstos. Ação judicial requer novas licitações pro transporte coletivo

Por Cezar Faccioli em 16/04/2019 às 17:17:54

Foto: Divulgação/Rio Ônibus

As empresas de ônibus têm até o final do mês para se manifestar sobre o acordo proposto pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, no escopo da ação civil pública movida contra a Prefeitura do Rio e os consórcios de Transportes Transcarioca, Internorte, Santa Cruz e Intersul. Na audiênca pública da segunda-feira (15) , o MPRJ requereu aos representantes dos réus Santa Cruz e Intersul, legalmente representados, que as empresas também devem manter a integralidade da frota em circulação – composta por 8.100 ônibus – em condições ideais e de qualidade. Hoje, apenas 5.700 veículos estariam em circulação.

No que toca ao objeto central da ação pública, o preço das passagens, o compromisso das empresas vinculadas a ambos os consórcios seria apresentar os dados auditáveis do custo do serviço de ônibus desde o início da concessão, em 2010, para se recalcular a tarifa justa. O prazo estabelecido para que os consórcios se manifestem sobre o possível acordo é de 15 dias, vencendo portanto no próximo dia 30.

O processo movido pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Força Tarefa de Atuação Integrada e Negociação Especializada em Conflitos Coletivos de Consumo (FTCON/MPRJ), no escopo da ação civil pública nº 0045547-94.2019.8.19.0001 contra o município do Rio de Janeiro e os Consórcios, tem como objetivo ajustar a prestação do serviço concedido de transporte público por ônibus na capital fluminense aos parâmetros previstos na lei. Entre os pedidos, o MPRJ requer a decretação da caducidade dos contratos de concessão e a realização de uma nova licitação para o serviço de ônibus municipal, do BRT e de bilhetagem eletrônica, sem a participação de qualquer sócio, familiar ou consórcio réu no certame.

Na ACP, ajuizada em março deste ano por meio da FTCON/MPRJ, também foi requerido o retorno da tarifa ao valor de R$ 3,60 – conforme obtido em decisões judiciais no ano passado. A tarifa modal atual está em R$ 4,05 e, atualmente, cerca de três milhões de usuários utilizam o sistema público de transportes municipais urbanos. O Ministério Público também pede que a Justiça decida liminarmente pela proibição de novos reajustes e pela suspensão do acordo entre o município e concessionários que alterou as condições contratuais e o prazo de climatização da frota. Tal acordo, segundo os promotores, afronta decisões já com trânsito em julgado.

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