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Tecnologia e envelhecimento: como os longevos estão se adaptando ao mundo digital

Alguns cuidados precisam ser tomados para evitar problemas com golpes

Por Portal Eu, Rio! em 03/09/2024 às 10:24:15

Foto: Divulgação

Com o avanço da tecnologia, a população 60+ tem se mostrado cada vez mais adaptável às mudanças do mundo digital. O uso de celulares, redes sociais e aplicativos de saúde tem se tornado parte da rotina dos longevos, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida e autonomia. No entanto, essa inclusão digital também requer atenção especial quanto à segurança, evitando golpes e fraudes que podem prejudicar esses usuários mais vulneráveis.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE, em 2023, o percentual de idosos (60 anos ou mais) que utilizam a internet subiu de 24,7% em 2016 para 62,1% em 2022. Este número representa um aumento significativo em relação aos anos anteriores, demonstrando uma tendência crescente na adoção de tecnologias por essa faixa etária.

Os celulares são os dispositivos mais utilizados pelos longevos para acessar a internet. A pesquisa TIC Domicílios 2022, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), revela que 58% dos idosos utilizam celulares para se conectar, destacando-se a preferência por aparelhos que oferecem facilidade de uso e portabilidade.

As redes sociais têm desempenhado um papel crucial na inclusão digital dos idosos. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em 2022, mostrou que os aplicativos que os idosos mais usam no celular são as redes sociais (72%); de transporte urbano (47%); e bancários (45%). O Whatsapp é a rede social mais utilizada (92%), seguida do Facebook (85%) e Youtube (77%). Essas redes permitem que eles mantenham contato com amigos e familiares, além de serem fontes de entretenimento e informação.

Os aplicativos de saúde também ganharam espaço entre os idosos. Ferramentas como que auxiliam no gerenciamento de medicamentos ou que ajudam no monitoramento da pressão arterial, têm sido amplamente utilizadas. Aplicativos de convênio para agendamento de consultas, por exemplo, também são utilizados por esse grupo.

Com a maior exposição digital, os longevos tornam-se alvos potenciais para golpes e fraudes. Dados oficiais do governo mostram que o número de golpes contra pessoas idosas cresceu mais de 70% no país em 2023 em relação a 2022. A conscientização sobre segurança digital e a adoção de boas práticas, como não compartilhar senhas e desconfiar de links suspeitos, são essenciais para protegê-los.

Para a Polianna Souza, médica geriatra e cofundadora do canal Longidade, "a inclusão digital é uma ferramenta poderosa para a manutenção da autonomia e do bem-estar do grupo 60+. Porém, é fundamental que haja uma educação continuada sobre o uso seguro das tecnologias, evitando que eles se tornem vítimas de golpes".

Já o empresário e especialista comportamental, membro da Neurobusiness Society e cofundador do canal Longidade, Jotta Junior, ressalta que ao aprenderem e se adaptarem às novas ferramentas digitais, os longevos não só melhoram suas habilidades cognitivas, mas também fortalecem suas conexões sociais e emocionais.

A adaptação dos longevos ao mundo digital é uma realidade que traz benefícios significativos para a qualidade de vida dessa população. No entanto, é indispensável promover a educação digital e a segurança online, garantindo que os 60+ possam usufruir das tecnologias de forma segura e eficiente.

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