Eleição de 2000 para Prefeito do Rio, a primeira do milênio

Em 2000, o Brasil completava 500 anos do seu descobrimento pelos portugueses. Muitos acreditavam que o mundo ia acabar pelo “bug do milênio”. Mas, acabaram jogando videogame com o lançamento do Playstation 2. Na cidade do Rio de Janeiro, os cariocas viveram momentos de pânico com o sequestro do Ônibus 174, que deixou marcas severas na sociedade.

Nesse clima, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro entrava na primeira eleição do milênio, com outro ineditismo: pela primeira vez, o atual prefeito poderia concorrer à reeleição. Isso ocorreu por causa de uma mudança constitucional realizada em 1997 pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso.

Essa mudança proporcionou que o prefeito da época, Luiz Paulo Conde, do PFL, tentasse a reeleição. Seu grande adversário no pleito era um velho conhecido da política tupiniquim: Cesar Maia, que tentava voltar ao Palácio da cidade, desta vez pelo PTB, após ter perdido a eleição estadual dois anos antes para Antony Garotinho.

Outros candidatos, como Leonel Brizola e Benedita da Silva, estavam disputando a cadeira municipal. Essa eleição ficou marcada pela disputa e a rivalidade entre Maia e Conde, que competiam para ver quem havia realizado cada obra, como a Linha Amarela e o Rio Cidade. Um dos principais problemas daquela eleição era a falta de saneamento básico e o aumento da violência, que eram temas centrais da cidade.

No primeiro turno, Conde e Maia foram para o segundo turno, deixando Brizola e Benedita da Silva fora do certame. Porém, o grande ponto desta eleição foi um debate eleitoral que aconteceu na CBN, onde o Prefeito Conde respondeu a uma pergunta sobre o Metrô que chegava a Pavuna em 1998. Segundo ele, “levar o Metrô para Pavuna era um equívoco, e todos que aprovaram esta obra deveriam ser presos”.

Oito anos depois, Cesar Maia foi eleito novamente, com 51,06% dos votos válidos, contra 48,94% de Conde, uma diferença de menos de 70 mil votos. Em seu segundo mandato, Maia deu início à construção da Cidade do Samba, das "Vilas Olímpicas", do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, das "Escolas Padrão" e do Hospital de Acari. Durante esse período, Maia não repetiu os programas Rio-Cidade, que foram aprovados, tampouco o Favela-Bairro, que foi reprovado pelos cariocas, mantendo apenas a expansão das ciclovias e ciclofaixas.