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Greve da educação promete ser a primeira grande paralisação contra o governo Bolsonaro

Ação contará com diversas entidades sindicais e estudantis

Por Leonardo Pimenta e Jonas Feliciano em 14/05/2019 às 21:15:01

Foto: Leonardo Pimenta

Nesta quarta-feira (15), um grande movimento a favor da educação pretende ganhar as ruas do país. Impulsionado pelo plano de contingenciamento de verbas para o setor, e que foi promovido pelo governo Bolsonaro, a paralisação vai contar com o apoio de professores, alunos e diversas entidades da categoria.

Na última segunda-feira (13), algumas entidades sindicais e estudantis realizaram uma coletiva de imprensa em Brasília (DF). Na ocasião, foram destacados os motivos que incentivaram a Greve Nacional da Educação de amanhã.

Vale lembrar que o comunicado da coletiva, no site oficial do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), ressalta que as manifestações devem servir como ensaio para uma grande Greve Geral que deve ser realizada no dia 14 de junho.

Muitos alunos devem reforçar as ações. Keven Delgiudice é diretor do Diretório Estudantil da IFRJ. De acordo com ele, a ideia inicial do movimento estudantil é expor todo o trabalho que a sua instituição federal tem desenvolvido nos últimos anos.

"Pela manhã, na praça do Pacificador, vamos para as ruas mostrar à população, o quanto o Instituto Federal é importante como centro de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Já no período da tarde, pretendemos nos juntar ao grande movimento na Candelária", afirmou Keven.

Henderson Ramon é da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Médio e diretor da AERJ. Ele relembra que a paralisação já era planejada e tinha como principal pauta a reforma da previdência. Contudo, as medidas anunciadas pelo Ministério da Educação reforçaram as discussões levantadas pela categoria.

"Em todas as capitais haverão atos ligados à causa. Bem como, em alguns municípios. No Rio, a concentração do estudantes acontece às 14 horas no Largo da Carioca e depois seguimos para a Candelária. Tudo em prol do impacto causado pelas medidas do MEC. Ficamos chocados e realmente reflexivos sobre o futuro do nosso país. Esse corte precariza ainda mais o ensino que há anos vem sobrevivendo. Quando o governo decide congelar tais investimentos, ele priva a juventude de contribuir com o futuro do Brasil", lamentou o jovem.

Em nota ao portal Eu,Rio!, o MEC informou que está aberto ao diálogo com todas as instituições de Ensino para juntos buscarem o melhor caminho para o fortalecimento do ensino no pais. De acordo com o órgão, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, recebeu diversos reitores de Institutos Federais e Universidades desde que tomou posse no dia 9 de abril. Desse modo, a pasta se diz pasta se coloca à disposição para debater sobre soluções que garantam o bom andamento dos projetos e pesquisas em curso.

Para o MEC, o bloqueio preventivo realizado nos últimos dias atingiu 3,4% do orçamento total das universidades federais. Por isso, mesmo diante de um quadro de contingenciamento imposto pelo Decreto nº 9.741, de 28 de março de 2019 e da Portaria nº 144, de 2 de maio de 2019, o ministério manteve os salários de todos os professores e profissionais de ensino, assim como seus benefícios já adquiridos.

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