Desenvolvimento sustentável é tema de Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) promove entre os dias 14 e 16 de maio no Museu do Amanhã, na Praça Mauá, a Reunião Magna ABC 2019 cujo tema é “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”. O evento procura avaliar a situação em que o Brasil se encontra em relação aos 17 objetivos relacionados pela ONU para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que pessoas alcancem paz e prosperidade.

O coordenador da Reunião Magna, Edson Watanabe, disse que o Brasil está longe de atingir as metas estabelecidas pela ONU até 2030:

“Os desafios são muitos. Estamos devendo para a erradicação da pobreza, para a educação e para o Fome Zero. São vários passos que precisam ser dados. Para fazer esses paços corretamente vamos precisar de ciência”, disse.

Para Watanabe, é preciso direção política para a concretização dos 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável no Brasil. Ele diz que o problema é grande:

“O Brasil tem muitas características que são positivas. A gente fala que tem racismo aqui, mas é bem menos do que em outros países. Estamos mais avançados em algumas áreas. Mas não dá para parar e descansar. Temos que evoluir e muito. continuamos com desigualdades regionais por falta de educação. Eu sempre fico preocupado. Quando as coisas não começam a funcionar direito, uma empresa pode falir. No nosso caso, seria um colapso. E eu ando preocupado com isso em algumas áreas”, disse.

Agenda 2030

Um acordo internacional concluído em 2015 com a participação do Brasil estabeleceu 17 objetivos e 169 metas para o desenvolvimento sustentável para até o ano de 2030. As metas ficaram conhecidas como o plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade.

Um dos conferencistas da Reunião Magna, o professor António Nóvoa, disse que é preciso combater o que chama de Indústria das crenças, que são sempre contra a ciência. Ele defende maior divulgação da ciência para o público como forma de combater as desigualdades:

“Para mim, a ciência aberta declina sobre três palavras muito simples. A primeira, é a ideia livre ao acesso ao conhecimento... a segunda, a democratização da Ciência e a terceira, o desenvolvimento entre os países.”

A Reunião Magna prossegue até a próxima quinta feira. A entrada é grátis. Basta fazer a inscrição na página do Museu do Amanhã.