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Tradição carioca

Lei declara Bloco Cacique de Ramos patrimônio imaterial do Estado do Rio

Parlamentares reconheceram importância histórica e cultural do bloco que há décadas marca o carnaval carioca


Fotos: Divulgação

Tradição do carnaval carioca, o Bloco Cacique de Ramos foi declarado patrimônio histórico e cultural, de natureza imaterial, do Estado do Rio de Janeiro. O reconhecimento veio pela Lei 10.562/23, sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial.

"O Cacique de Ramos é patrimônio da nossa cultura, do povo carioca e fluminense, enfim, do Estado do Rio. É uma homenagem mais do que justa e merecida. Só temos a agradecer pelo que o Cacique e seus músicos fazem há mais de sessenta anos, engrandecendo o Carnaval, o samba, e alegrando foliões nas suas rodas e nos seus desfiles por todo esse tempo. Não há como imaginar nosso carnaval sem os tradicionais desfiles do Cacique de Ramos pelas ruas do Rio", destacou o governador.


Além de reconhecer o papel que o grupo desempenha para a cultura do Rio de Janeiro, a lei incentiva apresentações do Bloco, bem como a realização de suas atividades próprias. O texto também reforça a proibição de qualquer manifestação de preconceito ou discriminação, seja de natureza social, racial, cultural, política ou administrativa, contra o Cacique de Ramos e seus integrantes.

Grupo revelou grandes nomes

Um dos principais símbolos da folia carioca, o Bloco carnavalesco Cacique de Ramos foi fundado em 20 de janeiro de 1961. Criado em Ramos, bairro da Zona Norte da capital, logo passou a ganhar as ruas do Centro do Rio e a concentrar foliões de diversas áreas da cidade.


No coração dos cariocas e de todos aqueles que vêm conhecer o Carnaval do Rio, o Cacique já chegou a promover três dias seguidos de desfiles épicos no Centro da capital, a exemplo deste ano, quando atraiu uma multidão para a região nessa “maratona”.

O Cacique é ainda referência quando se trata da cena musical. Dos seus encontros e rodas de samba destacaram-se grupos e nomes que ultrapassaram as “fronteiras” do Rio de Janeiro e ganharam o país, como o Fundo de Quintal, Xande de Pilares, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho.







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