Pela primeira vez no Rio de Janeiro, Priscila Rato, no violino, e Marcelo Caldi, no acordeon, apresentam um repertório que vai do erudito ao popular, com canções de nomes históricos da música, como Villa-Lobos e Dominguinhos. Integrando a programação da série Concertos de Eva, o recital “Diálogos: Clássico & Popular” será neste sábado (9), às 17h, na Casa Museu Eva Klabin. A entrada é gratuita e por ordem de chegada. Sujeito à lotação.
"Desejamos atravessar fronteiras com a nossa musicalidade”, celebram os músicos, que também são um casal fora dos palcos. A primeira canção do repertório, “Bachianas 4 - 1º movimento”, já traduz a atmosfera do concerto, porque começa com o arranjo tradicional, mas em seguida é atravessada pelo ritmo da marcha-rancho. O cancioneiro nordestino é celebrado com “Isso aqui tá bom demais”, de Dominguinhos e Nando Cordel, “Casamento da raposa”, de Gerson Filho, João Bandeira e Pedro Sertanejo, e “Lamento nordestino”, de Oswaldinho do Acordeon e Roberto Stanganelli. Do repertório tipicamente de violino, o casal interpreta “Salut D'amour”, de Edward Elgar, geralmente tocada em violino e piano, e que desta vez terá a presença da sanfona; “Romênia” (autor desconhecido); “Ballade Nocturne”, de Andre Astie, e muitas outras canções.
A série Concertos de Eva promove apresentações de recitais e concertos de formações camerísticas, reafirmando o compromisso da Casa Museu Eva Klabin com o fomento e difusão da performance musical. Esta iniciativa reafirma o legado de sua fundadora, Eva Klabin, como uma incentivadora de artistas através da promoção de inúmeras apresentações musicais durante a sua vida neste espaço.
SERVIÇO:
Dia: 9 de novembro (sábado), às 17h
Local: Casa Museu Eva Klabin (Av. Epitácio Pessoa, 2480 - Lagoa)
Entrada gratuita. Retirada dos ingressos a partir de 16h na bilheteria.
Capacidade: 80 pessoas
Classificação livre
Sobre Priscila Rato - Violino
Violinista, natural do Rio de Janeiro, é atualmente spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira.Graduou-se pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, em seguida, aperfeiçoou seus estudos na International Menuhin Music Academy, na Suíça. Nesse período, foi integrante da Camerata Menuhin, realizando concertos em Portugal, Mônaco e Suíça. Participou também da Gstaad Festival Orchestra, em turnê europeia.É mestra em música pela Universidade Federal da Bahia (2017). No Brasil, como solista, tocou com a Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Orquestra Petrobras Sinfônica, Camerata Antiqua de Curitiba, Orquestra de Câmara do Amazonas, Orquestra de Câmara da Ulbra, Johann Sebastian Rio, entre outras. Em 2019, foi spalla convidada na Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, em concertos na Sala Minas Gerais. Fez parte do corpo docente do Festival de Domingos Martins, da Oficina de Música de Curitiba, e ministrou master classes/mesas redondas para o Festival Vibrante da Universidade Federal do Mato Grosso, Instituto Bacarelli - Conexão Heliópolis, Encontro Flausino Valle (Universidade Federal do Ceará), entre outros.
Sobre Marcelo Caldi - Acordeon
Pianista, compositor, arranjador sinfônico, produtor, cantor, maestro e diretor musical, tornou-se amplamente reconhecido como um dos sanfoneiros mais importantes de sua geração. Apresentou-se como solista em concertos com as orquestras Petrobras Sinfônica, Sinfônica da Bahia, Sinfônica Cesgranrio, Sinfônica da UFF, Sinfônica de Campinas e Sinfônica do Recife, também criando arranjos inéditos para essas formações. Compôs “Alma carioca”, uma peça sinfônica inédita para a Orquestra Petrobras Sinfônica, em homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro (2015), e “Homenagem a Sivuca”, para Orquestra Sinfônica Cesgranrio (2017). Em 2021, homenageou os 80 anos de Dominguinhos com a Orquestra Sanfônica do Rio de Janeiro, a primeira do Estado, da qual é fundador e maestro. Caldi ganhou o prêmio da Lei Aldir Blanc para lançamento do livro “Vem tocar sanfona”, que reúne 20 partituras inéditas de autoria de Caldi, de diversos estilos, escritas exclusivamente para acordeom. Em 2022, levou a Orquestra Sanfônica, pela primeira vez, a tocar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Participou dos mais importantes festivais de música instrumental no Brasil, e já levou seu trabalho para países como Portugal, França, Itália, Alemanha e Japão. Ganhou o Prêmio Funarte Centenário de Luiz Gonzaga, resultando no lançamento do livro e do disco “Tem sanfona no choro”, com a publicação inédita das peças instrumentais do rei do baião, editado pelo Instituto Moreira Salles (2012).
Sobre Tomaz Soares - curador
Natural de Uberlândia, MG, Tomaz Soares é violinista. Integra o Quarteto de Cordas da UFF, o Quarteto Kalimera, a Orquestra Petrobras Sinfônica e a Orquestra Johann Sebastian Rio. Atuando como regente orquestral é um dos maestros da Academia Juvenil da Orquestra Petrobras Sinfônica. Tomaz é Mestre em Música pela Northwestern University Bienen School of Music (EUA) e Bacharel em Música pela Unirio. Recentemente, apresentou-se com o Quarteto de Cordas da Universidade Federal Fluminense (UFF) em turnê pela Inglaterra e Alemanha. Em 2018, com o Quarteto Kalimera foi premiado no Festival de Música Rádio MEC, dentre outras premiações no Brasil. Estreou inúmeras obras contemporâneas dos compositores Alexandre Schubert, Calimerio Soares, Eli-Eri Moura, Ernst Mahle, Jocy de Oliveira, dentre outros. Participou como intérprete das Bienais de Música Contemporânea Brasileira (FUNARTE-MINC) e do Panorama da Música Contemporânea Brasileira (UFRJ). Em 2009, recebeu o primeiro prêmio do 13º Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosisio. Como spalla, atuou em diversas orquestras nos Estados Unidos e no Brasil, mais recentemente da Sinfonietta Carioca. Estudou violino com Shmuel Ashkenasi (EUA), Almita Vamos (EUA), Paulo Bosisio (RJ), Ricardo Amado (RJ), Luciano Ramos e Klemes Pires (MG), dentre outros.
Sobre a Casa Museu Eva Klabin:
Uma das primeiras residências da Lagoa Rodrigo de Freitas, a Casa Museu Eva Klabin reúne mais de duas mil obras que cobrem um arco de tempo de cinco mil anos, desde o Antigo Egito (3000 a.c.) ao impressionismo, passando pelas mais diferentes civilizações. A coleção abrange pinturas, esculturas, mobiliário e objetos de arte decorativa e está em exposição permanente e aberta ao público na residência em que a colecionadora viveu por mais de 30 anos. A Casa oferece programação cultural variada, que inclui, além das visitas ao acervo, exposições temporárias de artistas contemporâneos, oficinas, cursos e conferências para adultos e crianças. Enquanto referência no calendário cultural do Rio de Janeiro, a programação musical conta com a série Concertos de Eva, com os Concertinhos de Eva, dedicados ao público infantil, e com os shows de Nova MPB no jardim. Espaço de troca de ideias e aprendizados no presente, a Casa Museu mantém um diálogo constante com o passado e encontra sua originalidade na combinação entre o clássico e o contemporâneo.