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Fundação Leão XIII celebra Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa com evento

Roda de conversa com lideranças da Igreja Católica, Evangélica e de Matriz Africana acolheu idosos das ILPs

Por Portal Eu, Rio! em 23/01/2025 às 15:52:19

lideranças de religiões distintas estiveram presentes no evento. Foto: Divulgação

Em homenagem ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, pessoas idosas acolhidas na Vila Residencial de Idosos Nova Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, tiveram uma programação especial na última terça-feira (21). A plateia, também composta pela equipe técnica da Instituição de Longa Permanência (ILP), participou ativamente de uma roda de conversa com lideranças da Igreja Católica, Evangélica e de Matriz Africana. Aberta a perguntas, a discussão envolveu assuntos que emocionaram os presentes, como a forma de cada um encarar a sua fé, o respeito às crenças, a beleza contida nos ensinamentos de cada religião. Também foram partilhadas vivências e a importância de respeitar o livre arbítrio.

"O objetivo desse encontro foi o de conscientizar que faz parte do cuidado, do bem-estar e da qualidade de vida da pessoa idosa o direito de cada um expressar sua fé, respeitando o próximo", explicou a coordenadora Jaqueline Alves da Silva do Nascimento, da Vila Residencial, mantida pela Fundação Leão XIII.

As lideranças também destacaram o interesse da plateia pelos temas abordados, com muitas perguntas e questionamentos, e a importância de eventos dessa natureza na sociedade.

"Foi um debate enriquecedor. Precisamos de mais encontros como este. A diversidade humana está aí. Devemos entender que o que deve ser mais valorizado é o tratamento amistoso, humanizado, independentemente da sua fé ou não", afirmou o pastor Gilberto Júnior, da Igreja Família Vive, em Santa Cruz.

"Ver assim de perto esses senhores escutando, debatendo e perguntando é sensacional, porque, de alguma forma, conseguimos semear a reflexão em cada um que aqui está. Todos vieram ao debate por livre e espontânea vontade", disse a candomblecista Mariluce Trindade da Comunidade Ilê Oyá de Bagan, em Bangu.

"Estar ao lado de um jovem pastor desprovido de qualquer tipo de preconceito, não tem preço. Assim como estar ao lado da irmã ekede (título religioso do candomblé) e desses idosos é um avanço. Todos fazendo perguntas interessantes, debatendo com tanta lucidez, e articulados. Já ganhei o dia. No meu ministério somos pastores de ovelhas, né? E eu me senti útil durante todo o debate", revelou o Diácono Nilson Alexandre, da Paróquia São Sebastião, em Sepetiba, ao lado de seus pares.

Uma das mais novas assistidas do instituto de longa permanência, a evangélica Marli Cordeiro, de 74 anos, aproveitou a reunião considerada enriquecedora pelos idosos para fazer novas amizades.

"Confesso que, como evangélica, tenho certa resistência a entender o que é a umbanda e candomblé. Esse debate de hoje foi muito bom. Embora eu seja uma senhorinha, procuro sempre respeitar a diversidade", contou Marli, Paulista de São Carlos.

Nascido em Miracema, no Noroeste Fluminense, Amilton Bento Constâncio, 68 anos, se disse um apreciador de todas as religiões. E não quer discutir com ninguém.

"O respeito é a base de tudo. E precisa ser um exercício diário. Quando eu era criança meus pais me levaram para a igreja Batista. Já adolescente, passei a frequentar a católica. Depois de adulto me encontrei na umbanda. Portanto, sou umbandista".

Há 42 anos trabalhando na Fundação, a auxiliar administrativa Glória Marcia Penha, de 63 anos, ressaltou a leveza da discussão e o clima de união formado entre as lideranças e a plateia.

"Foi muito leve. Foi uma união forte que aconteceu entre as pessoas no evento. Todos se sentiram muito bem", finalizou.

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