A atriz Marcela Siqueira criou o projeto Curta Terapia. Foto: Roberto Pontes/Tom&Luz Produções
O projeto social Curta Terapia promove a exibição de curtas metragens nos principais centros oncológicos do Rio de Janeiro para os pacientes hospitalizados em tratamento médico. Nesta quinta-feira (20) haverá duas sessões de exibição de filmes, às 14h para o público infanto-juvenil, e às 16h30, destinada aos adultos, no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca.
“Se o paciente na?o pode ir ao cinema, o cinema vai ate o paciente”. Essa é a filosofia do projeto, que tem como objetivo utilizar o poder transformador da arte como uma ferramenta de humanização no tratamento oncológico. A iniciativa do projeto social é criar memórias e conexões positivas ao tornar a sétima arte uma grande aliada na trajetória rumo à busca pela cura dos pacientes internados, transformando o dia no ambiente hospitalar em uma encantadora sessão de cinema.
Depois da experiência de assistir aos filmes, o ator Guga Coelho, do filme “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa”; a atriz Letícia Pedro, da serie e filme “Detetives do prédio azul”; e a cantora Joyce Cândido baterão um papo divertido com as crianças e os adolescentes presentes na sessão. Em seguida, a atriz Bel Kutner e o músico Gugu Peixoto levarão momentos de otimismo e animação para os adultos. A alegria e a serenidade serão os principais componentes da tarde especial, que promete inspirar o dia dos pacientes, dos acompanhantes e de toda a equipe do hospital.
Marcela Siqueira, atriz, produtora e estudante de psicologia, é a idealizadora do projeto. Ela revela que a ideia inicial surgiu durante uma pesquisa para a faculdade em que analisava os benefícios da arte e da cultura na saúde dos pacientes em tratamento de câncer do ponto de vista psicológico. A apresentação dos filmes e a interação com os convidados do projeto proporcionam momentos de descontração e diversão aos pacientes e os ajudam a refletir e a expressar suas emoções, ao oferecer um alívio na difícil rotina do tratamento oncológico.
“Um dos momentos mais marcantes dessa série de sessões do Curta Terapia foi quando um paciente me disse: ‘por um momento, esqueci que eu estava dentro de um hospital'. Percebi, então, que a meta de tirar o paciente da condição de doença havia sido alcançada, já que ele havia se sentido em um outro lugar. A mágica tinha acontecido, proporcionando uma outra perspectiva para o tratamento”, empolga-se Marcela, que já promoveu sessões de curtas-metragens para crianças, adolescentes e adultos em outros quatro hospitais das redes pública e privada: Instituto Nacional de Câncer – Inca, Hospital Estadual Getúlio Vargas, Hospital Estadual da Criança e Hospital Pediátrico Jutta Batista.
“A importância do Curta Terapia para os profissionais e para os pacientes numa unidade hospitalar vai além de libertar a nossa imaginação e as nossas emoções. Ele transforma nossas perspectivas em relação ao cuidado que a gente tem com o paciente. E, para o paciente, humaniza o ambiente em que ele está confinado. Trazer a arte para dentro de um hospital, que tem tantas histórias desafiadoras, é muito inspirador e emocionante. Estou emocionada de participar desse evento. Agradeço demais essa iniciativa!”, declara Laudicea Henriques da Silva, coordenadora do serviço de fisioterapia do Hospital Getúlio Vargas, que recebeu uma das sessões do projeto.