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Morador denuncia ação de milícia no bairro de Pilar, em Duque de Caxias

Denunciante procura portal para demonstrar ações de terror de criminosos

Por Jonas Feliciano em 07/06/2019 às 15:01:51

Foto: enviada pelo leitor

Os moradores do bairro de Pilar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, também estão sendo assombrados pelo poder das milícias locais. De acordo com um ex-morador da região, um grupo supostamente liderado por Cristina Almeida e Josias Júnior continua dominando e ditando regras próprias para quem vive na localidade.

O denunciante, que por motivos de segurança preferiu não se identificar, procurou o Portal Eu,Rio! para falar sobre as arbitrariedades cometidas pelos milicianos. Segundo ele, o que motivou a sua saída do bairro foi uma tentativa de homicídio.

"Decidi me mudar e refazer minha vida, depois que o grupo tentou me matar. Isso porque, sempre que eles tentavam fazer alguma coisa, eu não era a favor. Até mesmo cobrar valores de candidatos políticos para apoiá-los, eles tentaram. Todas às vezes que fomos a Light ou a CEDAE para tentar legalizar os serviços ou trazer alguma melhoria, eles chamaram os moradores para tentar intimidá-los. Diziam que quem mandava era eles e só teria alguma mudança se eles autorizassem. Até agora, um projeto da Light ficou parado por isso", contou.

O morador relatou que a organização criminosa ameaça, expulsa e mata aqueles que não obedecem às ordens. Contudo, ele avisou que existem algumas pessoas que também se beneficiam desse poder paralelo.

"Elas fazem isso, pois recebem algo em troca. Por tal razão, não se incomodam com a presença da milícia", relatou.

Vale destacar que os nomes citados pelo denunciante são conhecidos da polícia. Em março deste ano, Cristina Almeida dos Santos, Josias Augusto da Silva Júnior e Erick Silva Tavares foram presos e acusados de formarem uma milícia. Segundo a 60°DP, desde 2011, eles estariam agindo no bairro que ocupa uma área pertencente à União e não possui o fornecimento de serviços básicos. Hoje, o trio está em liberdade.

Em nota, a Polícia Civil informou que segundo informações da 60ª DP, de Campos Elíseos, o inquérito policial que apurou o fato foi concluído e relatado pelo Delegado de Polícia responsável há mais de 15 dias, sendo indiciadas cinco pessoas. Depois, o processo foi remetido ao Ministério Público, que por sua vez, ofereceu denúncia. Desde então aguarda-se manifestação do Poder Judiciário sobre o recebimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público.

A reportagem do Portal Eu,Rio! também procurou a Polícia Militar. Por meio de um comunicado, a instituição comunicou que o efetivo do 15°BPM, em Caxias, é aplicado em ações preventivas e repressivas. Segundo a PMERJ, o batalhão realiza patrulhamento dinâmico atendendo ocorrências e também o policiamento ostensivo em locais onde a mancha criminal é mais acentuada.

A PM ainda ressaltou a importância do acionamento, através do telefone 190, para que o batalhão da área possa realizar as ações imediatas cabíveis à Polícia Militar, como a realização de cerco na área para prender criminosos, por exemplo. O registro da ocorrência em delegacia também auxilia para que o policiamento ostensivo seja ajustado à mancha criminal daquela área e também para que processos investigativos sejam instaurados pela Polícia Civil.

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