A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou e pediu a prisão de Carlos Alberto Jesus, policial militar reformado que atirou contra o estudante universitário Igor Melo (31 anos) e o mototaxista Thiago Marques. O acusado responderá por duas tentativas de homicídio.
No dia 24 de fevereiro, Igor saía do trabalho em um mototáxi, quando ele e o motociclista foram perseguidos por um carro e atingidos por disparos feitos pelo policial. Os dois chegaram a ser presos depois que o autor dos disparos e a esposa disseram à polícia que eles eram assaltantes e tinham roubado um telefone celular. Igor foi gravemente ferido, internado sob custódia em um hospital e perdeu um rim.

No início do mês, a Justiça do Rio arquivou a acusação contra Igor e o motociclista depois que a análise das provas demonstrou que eles não estavam no local quando o roubo do celular ocorreu.
A mulher afirmava que os dois eram assaltantes e que tinham subtraído seu telefone celular. A partir do relato dela, seu marido foi atras dos dois, e atirou. Imagens analisadas mostram que eles precisaram correr para escapar da situação.
Ao tomar ciência dos fatos, a 22ª DP iniciou imediatamente a investigação. Todos os envolvidos voltaram a prestar depoimento e observou-se inconsistências nos relatos do casal.
A investigação revelou que ela, de fato, havia sido roubada por dois homens, que teriam características semelhantes às das vítimas. A mulher, contudo, passou informações erradas, produzindo efeito em processo penal. Por esse motivo, foi indiciada por falso testemunho majorado.
Já o homem foi indiciado por duas tentativas de homicídio. A autoridade policial representou por sua prisão.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público.
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e Radioagência Nacional