Minc explica que atualmente o ensino religioso é uma matéria facultativa. "O problema é que no horário dessa disciplina não é ofertada outra possibilidade ao estudante. No Estado do Rio, o ensino religioso é confessional, ou seja, não é uma análise filosófica da história e dos princípios das religiões, mas sim um padre ou pastor pregando. Então, quem não quer participar, acaba tendo que ficar sem fazer nada", afirmou o parlamentar. O projeto determina que a opção deve ser feita no ato da matrícula pelos pais dos alunos ou pelos próprios, caso sejam maiores de idade.
O grande número de emendas (seis mantidas até a votação final) determinou o retorno do projeto às Comissões Temáticas, mas se conseguiu acordos ao longo da própria sessão de terça-feira (1º/10). A principal mudança foi a ampliação das disciplinas contempladas nas aulas de reforço (antes eram apenas Português e Matemática), por iniciativa do líder do governo Wilson Witzel na Casa, deputado Márcio Pacheco (PSC). Além disso, foi rejeitado o item original que mudava o contorno das aulas de religião, que deixariam de se vincular a uma crença determinada. A proposta original revogava um artigo da legislação em vigor que determina que o conteúdo do ensino religioso seja de atribuição específica das diversas autoridades religiosas.