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Conflito na Pedreira deixou ao menos cinco feridos, diz PM

Guerra entre facções deixa moradores da região apavorados

Por Mario Hugo Monken em 04/10/2019 às 11:51:50

Foto: Reprodução de internet

A Polícia Militar informou nesta sexta-feira (4) que pelo menos cinco pessoas ficaram feridas durante um confronto entre traficantes no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, ocorrido na noite de ontem.

Um adolescente foi socorrido ao PAM de Meriti. Outras quatro pessoas foram baleadas. Três delas foram levadas ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste e a outra ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte.

Nesta sexta-feira, equipes do BOPE e militares de Irajá reforçam o policiamento na região. Sem balanço até o momento.

A Pedreira foi invadida por traficantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV). Houve intenso tiroteio que teve impacto na circulação do metrô e dos trens. Onibus foram incendiados. Há relatos de que houve muitos mortos mas não há a confirmação oficial.

Em nota divulgada hoje, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) repudia o ataque criminoso a sete ônibus ocorridos nas proximidades da Pedreira.

Foram queimados três ônibus da Transportes Flores (729L - Parque São Vicente x Méier/ 720L - Novo Rio x Madureira/ 734L – Vila Norma x Cascadura); dois da Gire Transportes (920 – Pavuna x Bonsucesso); um da Viação Pavunense (688 – Pavuna x Méier) e um da Viação Vila Real (778 – Cascadura x Pavuna).

Com estes casos, sobe para 206 o número de ônibus incendiados no Estado do Rio desde 2016, dos quais apenas sete veículos foram recuperados e retornaram à operação. Do total, mais de 40% eram climatizados. O custo de reposição se aproxima de R$ 90 milhões, recursos que poderiam estar sendo investidos na melhoria do transporte público com a renovação da frota. A capital é a cidade mais atingida por esse tipo de ação criminosa. Foram 102 casos desde 2016, sendo 15 somente em 2019.

A população é a maior prejudicada com a redução da oferta de transportes. Um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo necessário para a reposição de um veículo no sistema. Se somarmos a frota incendiada desde 2016 (207), potencialmente, deixam de ser transportados cerca de 14,5 milhões de passageiros nesses veículos.

É importante lembrar que a inexistência de seguro para esse tipo de sinistro e a crise econômica do setor, que tem feito as empresas perderem gradativamente a capacidade de investimento em renovação da frota, tornam inviável a reposição de ônibus incendiados.
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