Um adolescente foi socorrido ao PAM de Meriti. Outras quatro pessoas foram baleadas. Três delas foram levadas ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste e a outra ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte.
Nesta sexta-feira, equipes do BOPE e militares de Irajá reforçam o policiamento na região. Sem balanço até o momento.
A Pedreira foi invadida por traficantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV). Houve intenso tiroteio que teve impacto na circulação do metrô e dos trens. Onibus foram incendiados. Há relatos de que houve muitos mortos mas não há a confirmação oficial.
Em nota divulgada hoje, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) repudia o ataque criminoso a sete ônibus ocorridos nas proximidades da Pedreira.
Foram queimados três ônibus da Transportes Flores (729L - Parque São Vicente x Méier/ 720L - Novo Rio x Madureira/ 734L – Vila Norma x Cascadura); dois da Gire Transportes (920 – Pavuna x Bonsucesso); um da Viação Pavunense (688 – Pavuna x Méier) e um da Viação Vila Real (778 – Cascadura x Pavuna).
Com estes casos, sobe para 206 o número de ônibus incendiados no Estado do Rio desde 2016, dos quais apenas sete veículos foram recuperados e retornaram à operação. Do total, mais de 40% eram climatizados. O custo de reposição se aproxima de R$ 90 milhões, recursos que poderiam estar sendo investidos na melhoria do transporte público com a renovação da frota. A capital é a cidade mais atingida por esse tipo de ação criminosa. Foram 102 casos desde 2016, sendo 15 somente em 2019.
A população é a maior prejudicada com a redução da oferta de transportes. Um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo necessário para a reposição de um veículo no sistema. Se somarmos a frota incendiada desde 2016 (207), potencialmente, deixam de ser transportados cerca de 14,5 milhões de passageiros nesses veículos.
É importante lembrar que a inexistência de seguro para esse tipo de sinistro e a crise econômica do setor, que tem feito as empresas perderem gradativamente a capacidade de investimento em renovação da frota, tornam inviável a reposição de ônibus incendiados.