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“Duna - Parte 2”: você precisa conferir

Cinestesia, Por Gabi Fischer, Cineasta e Produtora

Em 28/02/2024 às 18:39:24

O filme "Duna", de 1984, não deu certo, mesmo sendo um projeto nas mãos de David Lynch. Já a minissérie dos anos 2000, é melhor continuarem mesmo não falando sobre. Mas quando o assunto é a construção da nova trilogia de Denis Villeneuve, a história é outra.

A obra de Frank Herbert, da década de 60, marcou não só o mundo literário, mas o gênero de ficção científica. Ao assistir a adaptação épica de Villeneuve, temos o prazer de acompanhar essa construção na tela feita com paciência, respeito e atenção aos detalhes. O projeto é de peso e os filmes estão seguindo o mesmo caminho com maestria. “Duna” teve sua estreia de 2021 e já achei o filme impecável, não só pela parte técnica, mas pela construção desse universo e personagens. Tanto que este primeiro torna-se até mesmo um prólogo: é uma apresentação, o momento de ambientar o público nesse mundo e chamá-lo para a aventura.

Por falar nela, a estrutura clássica da jornada do herói é muito clara no personagem de Paul Atreides. Agora, na segunda parte, seguimos acompanhando essa saga. Que prazer de seguir nessa jornada! Através do protagonista, a narrativa, mesmo futurista, vai abordar assuntos tão essenciais como o fatalismo religioso e o poder. O messias é construído bem na nossa frente e assistimos as consequências do perigo da cegueira da fé. Enquanto isso, os embates políticos sobre a exploração das especiarias (é como o petróleo deles, o bem mais precioso) e controle do Império.

Obviamente, a narrativa no livro é muito mais complexa, só que a adaptação não ficou para trás. Pelo contrário, um grande mérito está no roteiro por entender o que é essencial e fazer as mudanças necessárias para construir essa história no audiovisual. Assim, equilibra-se os arcos dramáticos dos personagens, a construção da guerra santa e os embates políticos. Todos os aplausos precisam ser dados para os departamentos do filme. A câmera de Villeneuve nos apresenta e mergulha nos olhares e relações, enquanto o design de produção é espetacular ao dar vida a esse mundo (cada detalhe de cenário e figurino é de tirar o fôlego) e, sem dúvida, a essencialidade do som, tanto da trilha de Hans Zimmer que dá arrepios de tão bela, mas também a mixagem dessas captações. Tive o prazer de assistir a cabine de imprensa na sala IMAX. Que experiência cinematográfica gigante!

Percebi que posso ficar horas falando sobre Duna, mas, para finalizar, eu queria destacar o peso de um bom elenco. Não há dúvidas que a responsabilidade de Timothée Chalamet é gigante e o ator merece aplausos, assim como todos seus colegas de elenco. Os novos rostos agora nesta Parte 2 vieram como mais presentes para esse filme, como o personagem psicopata de Austin Butler, o imperador de Christopher Walken e a princesa de Florence Pugh. Para acalmar aqueles que assistiram a Parte 1 querendo ver Zendaya, pode aproveitar cada minuto nesse aqui.

Se anos atrás eu tive o prazer de acompanhar e virar fã da trilogia de Nola do Batman, agora chegou a vez de Villeneuve também seguir conquistando meu coração. Obrigada, mais uma vez, à Warner Bros e à Espaço Z Marketing pela oportunidade de conferir esse filme em primeira mão.

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