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A boca fala e as mãos escrevem!

Folhas Soltas, Por Marcos Vinicius Cabral, Jornalista

Em 14/09/2024 às 23:08:15

Era 2015 e o Barcelona e Neymar comemoravam o título da Champions League pela última vez. Foi no dia 6 de junho de 2015, em Berlim, que o Barça ganhou da Juventus por 3 a 1, conquistando o quarto europeu em dez anos. Neymar fez o terceiro gol, já nos acréscimos, selando a vitória.

Mas não para por aí. Aquele gol, o décimo dele na competição, colocou o brasileiro no topo da lista de artilheiros da Champions, ao lado de Messi e Cristiano Ronaldo. Feito raríssimo. Naquele primeiro semestre de 2015, assistíamos, impávidos, pela primeira vez, Neymar chegar onde todos esperavam que ele chegasse: ao nível dos dois.

A partir daquele momento, Neymar entrava na mesma conversa, se colocava na prateleira mais alta dos grandes nomes do futebol mundial. Certo? Sim. O mundo todo apostava muito que Neymar, que estreou no Santos, em 2009, aos 17 anos, seria o melhor jogador do mundo. Certo? Errado. Naqueles oito anos atrás, um jornalista chamado Rodrigo Mandarini escreveu no Facebook que Vini Jr. (nem titular do Flamengo era) seria eleito melhor jogador do mundo antes de Neymar.

A boca fala e as mãos escrevem! Declaração polêmica à parte, o fato é que, apesar de achar estranho a afirmação e como não sou de debater com ninguém – ainda mais em se tratando de futebol, paixão nossa todo dia – a profecia jornalística do nosso ‘hors concours’ esportivo está perto de se cumprir.

Neymar sempre foi um craque. No Santos, principalmente no Barcelona, na Seleção Brasileira e no PSG. Mas, apesar de ter tido a oportunidade de se colocar entre os cinco maiores jogadores de futebol de todos os tempos, preferiu desfocar a carreira. No lugar do profissionalismo, saídas noturnas. Ao invés dos treinos para aprimorar o talento que Deus lhe deu, preferiu se envolver em confusões dentro e fora de campo.

Daqui a um mês, Neymar vai completar um ano sem atuar e, para quem, em setembro do ano passado, superou Pelé e se tornou o maior artilheiro da Seleção Brasileira em jogos oficiais, isso não é nada bom.

No entanto, se antes, tinha lá minhas dúvidas, hoje não tenho mais: Vinicius Jr, meu conterrâneo de São Gonçalo, caso seja eleito pela FIFA o melhor jogador do planeta no próximo 28 de outubro, servirá também como termômetro do que será essa nova geração que está chegando. Traduzindo: será, disparadamente, o melhor jogador do mundo com uma das piores safras de jogadores brasileiros da história.

Pecado que a bola comete. Mas Mandarini, não!

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