Você amigo, eu não sei, mas eu não tenho paciência. Tento yôga, refletir sobre minha evolução pessoal, nessa caminhada rumo a luz, tento entender o quanto faz mal ao corpo, mas a tática militar fascista, me leva ao stress. Diariamente, temos doses diárias de problemas em cima de problemas, que temos que combater, como se não houvesse um outro vilão na nossa cola: O COVID19. Enquanto de um lado temos o vírus chegando a 12 mil pessoas mortas, o presidente, alá Collor, anda de jet-ski no Lago Paranoá. Agora o que falta é ele comprar um Elba, para deslanchar o impeachment. E tudo, com direito a churrasco, que havia prometido e logo depois, faz visita em condomínio. Por que não há interdição internacional? Os mais preocupados, nossos vizinhos sul-americanos não creem no que está acontecendo. Se eu não posso crer, porque seria diferente em outros países?
Quanto ao nosso problema de governança, eu lido da minha forma, combatendo as injustiças com ativismo na internet, mas quando ainda tenho que lidar com a secretária especial de cultura, responsável por minha área específica, aí é um Deus nos acuda em dobro. Se não bastasse a cultura ter sido rebaixada de status de Ministério, se não bastasse todos os secretários que assumiram e foram demitidos, se não bastasse ter havido um fascista de carteirinha mostrado a que veio e agora uma namoradinha que mostrou a que veio. Ou seja, mais do mesmo. Nada. Políticas públicas de cultura, principalmente em período especial de quarentena, são fundamentais. Nada foi feito no governo Bolsonaro e nada será feito, pois para aqueles aderentes ao fascismo, nada pior do que gente dando opinião.
As políticas públicas são constituídas por instrumentos de planejamento, execução, monitoramento e avaliação. Os planos estabelecem diretrizes, prioridades e objetivos a serem alcançados em períodos longos. Temos, antes de assumir esse governo, implementado o Plano Nacional de Cultura (PNC). O PNC foi elaborado após a realização de fóruns, seminários e consultas públicas com a sociedade civil. Nele, temos como diretrizes: A cultura como expressão simbólica; a cultura como direito de cidadania e a cultura como potencial para o desenvolvimento econômico. E para conseguir, é necessário planejar todos os passos, ter um cronograma de ações e ter disciplina para cumpri-los. Coisa que até agora não foi feito em mais de um ano de atividades.
E os problemas não param. Como se não bastasse a Secretária de cultura não fazer nada, nem homenagear ícones como Moraes Moreira, o escritor Sérgio Sant'anna e muito menos Aldir Blanc, que foi um gênio. Isso foi demonstrado em sua derradeira entrevista a um canal de TV, em que surtada, demonstrou que nem seus aliados estavam acreditando na capacidade que tinha em não ter capacidade. A onda de indignação de todos resultou na carta de repúdio assinada por mais de 500 artistas. O que antes era um problema para os artistas, agora se tornou problema para parte dos bolsonaristas. Regina Duarte, que deve R$ 319,6 mil por irregularidades com a Lei Rouanet, demonstrou realmente seu amor pelo fascismo, tripudiando das mortes e exaltando a ditadura militar. Achei que o amor pelos americanos, daria pelo menos uma nota sobre a morte de Little Richard, o rei do rock.
Falando em rock, outro que voltaria a Funarte e foi demitido, antes de assumir, foi o maestro Mantovani, que disse que o rock é abortivo. Para o mesmo canal de TV, deu uma entrevista perturbada, sem lé nem cré, tentando exaltar sua biografia. Não conseguiu responder à pergunta sobre sua exoneração, tentando falar de agentes infiltrados na esquerda que queriam derrubá-lo. O retrato deste governo. Ainda cita o teórico Adorno como autor da ideia e depois se contradiz falando que: O teórico desenvolve a teoria e o agente vai lá e age.
Fica a pergunta: Dá para restaurar a cultura nacional com a Secretaria de Cultura deste Governo? A Secretária de Cultura não quer o peso dos caixões, mas terá o peso de um massacre.