"Ainda bem que sou poeta/Senão, defunta seria/Se não pudesse aqui desaguar/Toda essa mágoa que carrego no peito’’. Apresento aqui verso do meu livro ‘’Assinado, Menina Aleatória’’. Nele é possível visualizar, de maneira crua, o quanto a escrita foi um instrumento de escape para mim durante a depressão, como falamos no artigo de estreia neste espaço. Se não me fosse possível escrever, não seria possível verbalizar o interior. ‘’Meu conflito" deixou de ser meu. É algo que nunca deveria ter, um dia, me pertencido. E é sobre isso o texto de hoje!
Entre tantas escritas para além dos desabafos em tom poético, produzi “Cartas de uma Garota Aleatória’’ que dialoga com o livro anterior. Nesse, trago a ideia baseada em um pouco de estudo que fiz sobre a energia, sobretudo, das palavras que usamos no dia a dia. Acredite, modificar os vícios de linguagem e, simultaneamente, a energia do pensamento também são instrumentos de cura. Observe quão problemático, energeticamente falando, a frase que usei ali em cima: ‘’meu conflito’’. ‘’Meu’’ é um pronome possessivo, certo? Indica posse, indica que o vocábulo que o acompanha na frase é seu, de sua posse. Nenhum de nós gostaria de ter os conflitos ou qualquer coisa negativa para si, não é?
Na carta 10 do meu livro, recomendo que meus leitores experimentem substituir pensamentos que aparentam ser positivos, porém não são, embora não sejam compostos por palavras como ''não'', ''nunca'' e ''negativo'', entre outros. Por exemplo, a frase a seguir tem uma ideia de valor positivo: ''vou tentar''. Mas veja bem, a palavra ''tentar'' sugere um possível fracasso. Quem tenta pode ser que alcance o objetivo ou não. A palavra ''vou'' indica futuro e, do momento atual até o futuro, podem ocorrer alterações sobre tudo. O futuro pode ser daqui um segundo ou daqui há cem anos, além de o tempo do Universo ser diferente do nosso. Portanto, substitua ''vou tentar'' por ''já consegui''. Afirme aqui e agora que você já conseguiu conquistar o que tanto almeja e essa energia é instantânea!
Sentiu a diferença na substituição? Espero que sim! E espero que consigam adotar essa correção no dia a dia de vocês e que gostem do resultado... Até o próximo texto!
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