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Setembro Amarelo: valorização da vida e prevenção do suicídio

Saúde Mental e Bem-Estar, Por Andréa Ladislau, Psicanalista

Em 10/09/2024 às 16:06:50

Falar sobre saúde mental é importante o ano todo, mas ter uma data para tornar isso o foco da conscientização é, sim, essencial. O Setembro Amarelo vem para coroar a prevenção ao suicídio e colocar luz nas reflexões sobre a valorização da vida.

Especialistas informam que em 90% dos casos de pessoas que põem fim à própria vida podem ser evitados. O que mais chama a atenção é que a grande maioria dos suicídios está ligado a algum transtorno mental que é perceptível através de comentários, alterações de humor causadas pela depressão, transtorno bipolar ou estado de tristeza persistente, em muitos casos sem qualquer motivo aparente que justifique.

O suicídio supõe tirar voluntariamente a própria vida. Mas o que há por trás de um comportamento suicida? Como podemos identificar e prevenir uma ação como esta que dilacera a alma de parentes e amigos próximos das vítimas? Entre as condutas que podem ser um indicador de um suicídio iminente, destacam-se a vontade de morrer (com frases do tipo “a minha vida já não faz mais sentido” ou “não vejo qualquer motivo para viver”), a incapacidade de descarregar os receios e as angústias, o esgotamento resultante da pressão da vida social, o comportamento impulsivo e a introversão acentuada.

São sofrimentos e questões que podem afetar pessoas de qualquer nacionalidade, gênero, idade e classe social. O que vemos é que não existe uma única razão para que alguém opte pela automorte. O suícidio é o resultado de uma rede de fatores biológicos, genéticos, psicológicos e socioculturais. Trata-se de uma emergência médica, onde quase 100% das pessoas que tentaram ou se suicidaram têm um quadro psiquiátrico associado a doenças mentais tratáveis. Entre os fatores de risco estão os transtornos mentais: depressão, bipolaridade, esquizofrenia; situações como isolamento ou vulnerabilidade social, desemprego, migrantes; questões psicológicas, como perdas recentes, problemas na dinâmica familiar; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica e câncer. Por outro lado, o uso de drogas, principalmente cocaína e álcool, aumenta a impulsividade e, com isso, o risco de suicídio.

Olhar o suicida apenas como um doente não é a melhor opção, uma vez que, analisando com calma o escopo de possibilidades, qualquer pessoa poderia se encaixar em uma destas situações na vida. Podemos até classificar este indíviduo como portador de uma angústia considerada por ele como intransponível, sem saída ou sem solução. Ele não possui o desejo de acabar com a vida, mas sim de fazer parar a dor considerada insuportável por ele. Por isso, conversar sobre os sentimentos é essencial.

Portanto, devemos estar atentos aos sinais. Não ignorar, conversar, aproximar-se e ouvir sem julgamentos são atitudes fundamentais. Além disso, buscar ajuda especializada de um profissional de saúde mental, que saberá conduzir o processo para que o indivíduo não se entregue a um desfecho tão trágico. E, principalmente, o segredo é não se isolar. O suicídio é uma solução definitiva para um problema temporário.



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