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Tia do terror

Mulher decide quem deve ser levado ao Tribunal do Tráfico em Belford Roxo

Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 1 mil a quem der informações que auxiliem na localização dos suspeitos


Foto: Divulgação/Disque Denúncia
Uma mulher está na linha de frente do tráfico na comunidade do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ela precisa ser sempre consultada quando alguém vai ser submetido, por exemplo, ao Tribunal Penal do Tráfico, instituído na favela como forma de castigar fisicamente ou até mesmo executar inimigos ou quem vacila com a quadrilha de criminosos que atua no local.

Conhecida como Tia Paula, ela controla uma rua inteira na comunidade, chamada de Avenida da Dez, onde há várias casas, as quais são habitadas por pessoas que não tem outra opção de moradia.

Nesta via, ela determina uma contraprestação, ou seja, os moradores, por vezes, tem por obrigação darem abrigo aos traficantes quando preciso, além de existir atrás das casas lá existentes, uma espécie de ´quartinho´ onde os bandidos armazenam armas e drogas.

Em dezembro de 2017, dois homens que teriam roubado uma motocicleta de um policial militar e levado para dentro da favela foram punidos com o Tribunal Penal do Tráfico. Ambos foram carbonizados. Um chegou a sobreviver mas com queimaduras graves faleceu no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. Tia Paula responde por esses dois homicídios.

Por Tia Paula, o Disque Denúncia oferece uma recompensa de R$ 1 mil para quem prestar informações que ajudem na sua captura.

Escutas telefônicas mostraram Tia Paula dando ordens a um subordinado a não fechar uma boca de fumo na favela, apenas se a polícia entrasse. Por sua orientação, os suspeitos realizam o controle das vendas de drogas, os abastecimentos das bocas, prestam contas e recolhem o dinheiro arrecadado.

Outros dois traficantes também ditam as regras no Castelar: Soró e Cem ou Piranha, sendo este último frente ainda na Favela São Simão, em Queimados, também na Baixada.

Há uma conexão dos criminosos do Castelar com os comunidade da Nova Holanda, no Complexo da Maré, na Zona Norte da capital. Os bandidos se utilizam de menores e mulheres para fazer o transporte das drogas como forma de não despertar suspeitas.

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