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Crime brutal

Traficantes acusados de matar e esquartejar policial ainda aguardam julgamento

O crime aconteceu há sete anos e ainda não teve resolução


Imagem: Divulgação

Desde 2013, os traficantes acusados de torturar, matar e esquartejar um policial civil na Favela de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, ainda não foram julgados pela corte fluminense. Ao todo, 19 réus foram processados. Em 2019, dez deles acabaram pronunciados para serem julgados pelo Tribunal do Júri, mas os até agora isso não ocorreu. Alguns nem serão julgados e outros três já morreram.

Vale ressaltar que o crime envolve os principais chefes do Comando Vermelho que se encontram presos como Aldair da Mangueira, Marreta, Ronaldinho das Tabajaras e Charles do Lixão. Em 26 de novembro de 2013, o policial civil Sérgio Lopes de Souza Júnior foi alvejado por disparos de arma de fogo nas proximidades da estação ferroviária Tancredo Neves. O local é um dos acessos à Antares e o militar se encontrava em uma motocicleta. Ele tentou reagir e atirou nos bandidos.

O agente também tentou fugir se escondendo em um matagal, mas continuou a ser alvejado pelos criminosos que, após recolhê-lo ferido, levaram-no para o interior da comunidade. Sérgio foi ´crepado´(envolvido com fita crepe) e esquartejado, sendo o cadáver posteriormente queimado em uma espécie de fornalha construída pelos integrantes do tráfico local. O forno é vulgarmente conhecido como ´micro ondas´.

Na localidade conhecida como ´Fazenda', no interior da Favela do Rola (comunidade vizinha), com o claro intuito de destruir as provas, além de desvencilharem-se de qualquer resto mortal da vítima, bem como de qualquer vestígio que tal ação pudesse deixar e ensejar uma retaliação por parte da polícia, ele foi incinerado.

Segundo as investigações, o assassinato foi motivado pelo fato da vítima ser confundida com um ´miliciano´ que estaria adentrando em ´área proibida´. Para que a ação dos criminosos fosse consumada ocorreu uma reunião chamada de "mesa de comando" do qual participaram Aldair, Ronaldinho, Charles do Lixão, Metralha e Dodô da Reta na época presos no presídio de segurança máxima Bangu 3. Os chefões autorizaram a morte.

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