Viradouro lava a alma na Sapucaí contando sobre baianas de Itapuã
Comissão de frente mostrou "o mergulho da sereia" com atleta de nado sincronizado
Fotos: Jorge Hely/Agência Eu, Rio!
A Unidos da Viradouro foi a segunda agremiação a entrar na avenida na noite deste domingo (23). A escola de Niterói levou para a Sapucaí a história das Ganhadeiras baianas de Itapuã, mulheres descendentes de escravas que lavavam roupa à beira do rio, no samba enredo intitulado "Viradouro de alma lavada".
Desenvolvido pela dupla de carnavalescos Tarcísio Zanon e Marcus Ferreira, estreantes na escola após a saída de Paulo Barros, eles mantiveram o nível que fez a Viradouro ter ido tão bem no ano passado quando voltou à elite do carnaval carioca, em um desfile visualmente muito bonito que remeteu à cultura baiana e seus ancestrais africanos.
Essa influência dos nossos ancestrais de além mar também pode ser ouvida na bateria do mestre Ciça que, do alto dos seus 63 anos, muitos deles dedicados à vermelha e branco de Niterói, mais uma vez fez a diferença. Assim como Zé Paulo Sierra, que teve a responsabilidade de dar voz a um samba que falava justamente de mulheres que usam suas vozes, real e metaforicamente.
Entre os destaques, estava a comissão de frente que mostrava "o mergulho da sereia" com a atleta de nado sincronizado Ana Giu performando em um tanque que usou cerca de 7 mil litros de água mineral.