A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, neste domingo (15), um novo balanço dos casos do novo coronavírus no Rio de Janeiro: são 24 casos confirmados e 95 suspeitos, que estão sendo acompanhados.
Os casos confirmados estão distribuídos da seguinte maneira: Rio de Janeiro (22), Niterói (1) e Barra Mansa (1), sendo 10 homens e 14 mulheres, que seguem em isolamento domiciliar e apresentam estado de saúde estáveis. Nesta última semana, a Secretaria Estadual de Saúde registrou os primeiros casos de transmissão comunitária na capital fluminense.
Os números de casos confirmados vem subindo gradativamente no Estado desde, a última sexta-feira (13), que apresentava 19 confirmados e no sábado para 24. Neste domingo só aumentou o número de casos suspeitos.
No relatório do Ministério da Saúde, São Paulo tem 112 casos confirmados seguido do Rio de Janeiro. Os dois estados já registra transmissão comunitária do vírus - que não é possível identificar a trajetória de infecção do COVID-19.
No Rio de Janeiro pessoas vão a praia
Mesmo após o Governo do Estado alertar a população sobre o aumento de casos do coronavírus, visto também a contaminação comunitária, muitos cariocas e turistas foram para as praias da cidade do Rio.
A praia de Copacabana foi a que registrou o maior número de banhistas. Já na praia do Arpoador o movimento foi intenso. Na semana passada, o Governador Wilson Witzel disse que poderia usar a Polícia Militar para evitar a aglomeração dos banhistas e até mesmo interditar os espaços.
Na última sexta, Witzel publicou um decreto que determina a aglomeração de pessoas durante 15 dias e que serão reavaliadas após números dos casos confirmados no Estado.
O especialista em gerenciamento de riscos pelo Conselho Britânico de Segurança, Carlos Camargo, avalia aplicação de penalidades. “Neste caso, existem três possibilidades: o uso da força; a implementação de multa pelo descumprimento, para que as pessoas sintam no bolso; ou a inércia do Poder Público, que tende a trazer enormes prejuízos, visto que a propagação do vírus gera grandes despesas para ele próprio", explica o especialista em gerenciamento de riscos.
“Traduzindo: ou o Poder Público se utiliza das suas prerrogativas para evitar a proliferação do vírus, por mais que seja antipopular, ou a conta a pagar será alta. Haja vista o que ocorre na Itália e Espanha”, finaliza Camargo.