Apesar da quarentena e o isolamento social terem sido adotados por estados e municípios como medida da disseminação do Coronavírus, o setor varejista de supermercados tem conseguido atender a demanda da população. Embora, inicialmente, muita gente tenha corrido aos estabelecimentos para estocar alimentos, a situação tem se apresentado de maneira positiva em relação aos outros países afetados pela pandemia.
Segundo o Gestor Comercial da Rede UNNO, Thiago Nascimento, existem lojas que quando comparadas ano a ano, tem mais de 100% de incremento de vendas no período. Thiago ressaltou que isso está acontecendo na grande maioria das lojas. Algumas delas, que não tinham tanta procura, começaram a ter. O fenômeno iniciou pelas unidades de classe mais alta e, agora, está se expandindo para as outras. Isso porque, todos os públicos estão querendo estocar.
"Se as pessoas antes da quarentena levavam um carrinho de compras, hoje elas levam dois.", afirmou o gestor.
Segundo a Rede UNNO, o objetivo não é adotar um plano de abastecimento diferenciado, mas sim evitar que nenhum item falte nas prateleiras.
"Todas as vezes que temos uma demanda maior, emitimos um pedido um pouco maior, sempre com segurança. Por enquanto não tivemos problema de não ter produto em loja." explicou Thiago.
Ele ainda destacou que a maior dificuldade tem sido manter o estoque do álcool em gel.
"Nosso problema de abastecimento tem sido somente com o álcool em gel, são pelo menos 15 dias para receber, 20, já teve fornecedor dizendo que só em um mês", adiantou.
O aumento das compras também foi observado no Delivery. Segundo o setor de Marketing do SuperPrix, que faz parte da Rede UNNO, houve um aumento significativo nas entregas. A marca oferece o serviço pelo site, aplicativo, loja física e também por telefone. O conselho diretor da ASSERJ (Associação de Supermercados do Rio de Janeiro) se pronunciou sobre o assunto e disse que não há motivo para fazer estoques de produtos em casa por conta da pandemia.