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Baixada registra três óbitos e aumento de 35% de casos confirmados em três dias

Números, porém, são menores aos 100 novos casos e nove mortes do último final de semana

Por André Uchôa em 12/04/2020 às 20:34:32

Foto: Agência Brasil-EBC

Os efeitos do descumprimento das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde já podem ser sentidos em algumas cidades da Baixada Fluminense. Em apenas três dias, a região registrou um aumento gradativo no número de casos do novo coronavírus desde a última sexta (10): 89 casos confirmados do vírus e três óbitos.

Tanto o número de dados confirmados quanto ao número de óbitos é menor, porém, se comparado ao último fim de semana, que registrou aproximadamente 100 novos casos e 9 mortes.

Com os dados dos boletins da Secretaria Estadual de Saúde, a cidade de Duque de Caxias apresenta o maior número de óbitos na região, um total de 16. Entre quinta e sexta, o município teve um pico em mortes, saltando de 8 para 15, um aumento de 88%. Esse efeito assustador têm relação direta com as medidas restritivas nos comércios, que foi aplicado tardiamente pela gestão municipal.

Já Nova Iguaçu registra 88 casos confirmados - o maior dados na região - e cinco óbitos. Logo após, Belford Roxo (46), São João de Meriti (34), Mesquita (30), Magé e Nilópolis (20), Queimados (16) e Guapimirim e Japeri (3).

Mesmo com os decretos municipais restringindo as atividades não essenciais, a população ainda insiste em sair das ruas. Nossa equipe de reportagem registrou nos últimos dias pontos de aglomerações de pessoas nos comércios, o que, na prática, contraria as determinações das autoridades de saúde.

Ao Portal Eu, Rio!, a Prefeitura de Duque de Caxias disse que vem realizando operações constantes nos comércios não essenciais. A última foi ontem (11). A fiscalização irá continuar durante a semana a fim de valer o decreto municipal.

Especialistas têm alertado que a quebra do isolamento social pode refletir em casos graves de Covid-19 no futuro. A questão da subnotificação, pela pequena quantidade de testes para o vírus, já pode ser percebida na região. Ou seja, possa ser que exista mais pessoas contaminadas pelos vírus que ultrapassam os boletins divulgados.

O Governador Wilson Witzel também engrossou seu discurso nas redes sociais ao dizer que as cidades precisam agir para isolar os pontos de aglomerações. “Os prefeitos têm de isolar essas áreas [em referência aos pontos de aglomeração], tenho defendido isso. Eles [prefeitos] têm que botar fita e barreira. O calçadão está movimentado? Vai lá e fecha. Tem camelô? Isola”, frisou.
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