A pedido do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, a Justiça Federal determinou a custódia e a preservação em isolamento das aeronaves utilizadas na operação policial de 18/05/2020, que redundou na morte do menor João Pedro Mattos Pinto, em São Gonçalo.
O objetivo do MPF é a preservação de provas. Para tanto, os aviões devem ficar sob depósito da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sem qualquer utilização ou manipulação até que sejam efetuadas as perícias necessárias para a averiguação dos fatos tratados no Inquérito Civil nº 1.30.001.002343/2020-66.
Para o MPF, as inúmeras mortes ocorridas nas incursões policiais em comunidades sugerem que a questão seja pensada, inclusive, à luz do racismo institucional e estrutural. “Decerto que o crime há de ser enfrentado pelo Estado, mas o preço não pode ser a perda da vida de nenhum ser humano, especialmente de uma criança", pondera o procurador da República Eduardo Benones, que conduz a investigação.
Hoje (19), a Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro recorreu ao Tribunal Regional Federal (TRF2) para buscar a suspensão da medida liminar e liberar as aeronaves envolvidas na morte de João Pedro