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Dormir mal prejudica o sono e o coração

Além de afetar a memória, a produção de insulina, o metabolismo e a imunidade, as noites ruins de sono causam sérias consequências à saúde cardiovascular

Por Portal Eu, Rio! em 20/08/2020 às 06:00:00

O sono de má qualidade pode ocorrer por uma série de fatores. Foto: Reprodução

O momento do sono é a hora em que o organismo repousa e descansa, se recupera e se prepara para o dia seguinte. As funções dos órgãos e do corpo são relacionadas diretamente às horas bem dormidas. Informações do Centro Nacional de Pesquisas Cardiovasculares (CNIC), da Espanha, apontam que assim como o colesterol alto, a obesidade e o sedentarismo, o sono irregular também aumenta o risco de desenvolver doenças do coração.

O sono de má qualidade pode ocorrer por uma série de fatores, seja por obesidade, por bloqueio das vias aéreas, por maus hábitos, por ansiedade, estresse, entre outros. Para a médica otorrinolaringologista especialista em Medicina do Sono, Dra. Luciane Mello, esses distúrbios podem ser diagnosticados e tratados com diversas frentes da saúde, pois, por muitas vezes o paciente possui uma obstrução nasal, mas também precisa perder peso para melhorar a qualidade do seu sono", explica a médica.

São fatores multifatoriais que geram distúrbios do sono e que podem agravar a saúde em muitos aspectos, em especial a saúde do coração. Uma pesquisa recente realizada pelo MESA (Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis) mostra que, além dos distúrbios que afetam o sono, como ronco e apneia, e dos problemas do dia a dia, como estresse, ansiedade e etc, os horários para deitar e se levantar também têm fundamental importância nos benefícios para a saúde cardiovascular.

Para o cirurgião cardíaco, Dr. Élcio Pires Junior, a pressão também é afetada quando o indivíduo não descansa o tempo necessário, já que a dificuldade em dormir deixa o corpo estressado, aumentando a circulação de adrenalina em todo o organismo. O organismo fica em estado de alerta durante a noite e, caso a insônia e a falta de descanso continuem por muito tempo, o quadro pode evoluir para uma hipertensão.

"É durante o sono que os tecidos são reparados, agilizando a cicatrização de feridas, a recuperação dos músculos e o fortalecimento do sistema imunológico. Dormir bem ajuda a prevenir o envelhecimento precoce, a ansiedade, a depressão, o Alzheimer e o AVC", explica o Dr. Élcio.

Buscar soluções que melhorem o estilo de vida dos pacientes, em prol de mais saúde, maior disposição, longevidade, qualidade de sono e de disposição são iniciativas propostas pelo trabalho realizado pela Dra. Luciane Mello com o Programa Saúde do Sono, no Rio de Janeiro, que reúne uma equipe multidisciplinar para avaliar o paciente como todo, tratando todas as possíveis causas que interfiram na saúde do seu sono e, por consequência, que possam desenvolver outras doenças como as citadas anteriormente.

"Esse olhar diferenciado para a rotina do paciente, para o horário que se deita, as atividades que desempenha ao longo do dia e a análise em si do momento do sono, com aparelhos de alta tecnologia, são informações preciosas para o diagnóstico seguro e para a conduta mais assertiva. O sono influencia diversas áreas da vida das pessoas e merece ser olhado com atenção", explica a Dra. Luciane Mello.

A médica destaca ainda que o impacto das alterações de rotina – bruscas como o ocorrido no Isolamento Social durante a pandemia do COVID-19 ou mais planejadas – é grande e pode prejudicar a qualidade de vida e a saúde do paciente, ocasionando outras doenças que não sejam diretamente relacionadas ao sono.

Tags:   dormirsono
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