O presidente Michel Temer, disse hoje (30) que os índices de combate à criminalidade da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro são "extraordinários" e que está "satisfeitíssimo" de ter decretado a medida. O presidente chegou por volta de 11h ao Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e participou de uma reunião no Comando Militar do Leste, em que foi apresentado um balanço dos seis meses de intervenção federal no Rio de Janeiro.
Temer disse que os primeiros meses da intervenção foram de estruturação, e que os resultados começaram a surgir nos meses seguintes. "Nesses três a quatro meses, os índices de combate à criminalidade são extraordinários. E eu sei que, de vez em quando, se diz que o apoio à intervenção federal caiu de 74 para 66 [por cento], e eu mesmo me indago: qual é o setor da atividade pública que tem 66% de aprovação da população? Quando ultrapassa a margem de 50%, é extremamente favorável".
O presidente destacou que a intervenção é federal, e não militar, e afirmou que a integração das Forças Armadas com órgãos estaduais de segurança pública tem sido extraordinária.
"Nós, na área federal, estamos satisfeitíssimos com o fato de termos decretado essa intervenção parcial. E ressaltei que muitas e muitas vezes o exemplo do Rio de Janeiro tem sido invocado por outros governos, que também vão à minha sala pedir uma intervenção federal nessa área".
O governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Marcelo Crivella também acompanharam o balanço, que foi exposto pelo interventor Walter Braga Netto.O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, o da Justiça, Torquato Jardim, o da Defesa, Joaquim Silva e Luna, e o ministro-chefe do gabinete de segurança institucional, Sérgio Etchegoyen participaram da reunião.
Foto: Vanessa Ataliba
A cúpula da segurança pública do Rio de Janeiro também estava presente com a chefia de Polícia Civil, o comando da Polícia Militar e o secretário estadual de segurança, general Richard Nunes.
O gabinete de intervenção informou que, desde fevereiro, 35 pessoas morreram em confrontos que tiveram a participação das Forças Armadas, sendo três militares do Exército. A apreensão de armas chegou a 152 unidades, sendo 86 pistolas, 37 granadas e 29 fuzis.
No período, foram detidas 518 pessoas, sendo 56 menores apreendidos. Quase 92 mil militares participaram das operações.
Fonte: Agência Brasil