A Defensoria Pública do Estado informou que, durante uma audiência judicial nesta quinta-feira, a Cedae se comprometeu a disponibilizar em seu site os dados técnicos da qualidade da água, em até 24 horas após os resultados laboratoriais. De posse das informações, a Defensoria e o MP vão avaliar as medidas a serem tomadas.
No verão de 2020, os consumidores enfrentaram o mesmo problema por mais de um mês. Em consequência, o preço da água mineral subiu com o aumento da demanda e praticamente desapareceu em alguns estabelecimentos.
Alguns meses depois, pesquisadores da UFRJ identificaram que as alterações foram causadas não só pela geosmina, mas também por outro composto orgânico parecido, chamado de 2 MIB, o material cresce de forma descontrolada quando há grande presença de esgoto doméstico na água.
Depois de mais relatos sobre alteração do gosto e cheiro da água distribuída pela Cedae em diversos bairros do Rio, a Companhia informou que já intensificou o tratamento para evitar a repetição da grave crise verificada no verão do ano passado.
Como parte do plano de contingência, a captação de água na Estação de Tratamento do Guandu chegou a ficar paralisada por 10 horas, entre a noite de quinta e a madrugada desta sexta-feira. A operação voltou ao normal na manhã desta sexta, mas a companhia pediu que a população evite desperdício. Moradores de Bairros da capital e da Baixada Fluminense já relataram falta d'agua.